Isso acontece num momento marcante de minha vida, seja pelas experiências vividas na comunicação em meios e veículos os mais diversos, seja pela necessidade de falar na linguagem do novo tempo.
Quem se iniciou pelo sonho da Literatura não se adapta facilmente a um recurso que não usa papel.
Quando olho minha biblioteca fico pasmo ao pensar sobre o quanto aprendi com tantos autores, tantos jornais e revistas que me despertaram para a realidade do mundo e da vida através do recurso da máquina impressora inventada por Gutemberg.
Num piscar de olhos o mundo parece estar embolando a papelada para jogá-la na lixeira da História sem nenhum remorso, sem nenhum complexo de culpa, mas como um ato normal e natural da vida de promover uma misteriosa sucessão de fatos que, em tese, acabam dando certo.
Por coincidência ontem conversei com uma universitária para ajudá-la num trabalho sobre a evolução da comunicação.
A moça não tinha a mínima ideia de quem foi Marshall McLuhen, o canadense que falou que "The medium is the Message". Parecia que eu estava recorrendo uma língua estranha para falar com ela....
Depois, concluí que a reação da moça está de acordo com a concepção deste mundo voltado quase que somente para o agora, para o imediato, dentro da lógica do novo tempo, segundo a qual "o que o que passou, passou", página virada e vamos pra outra, né não?
Meu desafio será encontrar os temas e a linguagem que convêm a um blog.(17.05.2.015)