O novo ministro do STF, Luís Edson Faquin, que assume o cargo nesta terça-feira/16, declarou a pérola abaixo. O jurisdiquês é uma realidade, mas quando se trata de um juíz confessadamente de esquerda, como mostrou em vários depoimentos (que depois procurou amenizar antes de sua aprovação ao Supremo), não há como não ficarmos pasmos e desiludidos em relação ao presente e ao futuro do país. É ler e ter azia das bravas ainda mais diante do competente comentário postado por um dos dois antagonistas, o Diogo Mainard ou o Mário Sabino.
Declaração de Luiz Edson Fachin ao Uol:
"Eu entendo que ela [delação premiada] é um indício de prova, ou seja, corresponde a um indício que colabora para a formação probatória. Portanto, ela precisa ser seculada por outra prova idônea pertinente e contundente, que são as características que num processo a gente tipifica como uma prova para permitir o julgamento e apenhamento de quem tenha cometido alguma infração criminal", disse o futuro ministro do Supremo em conversa com jornalistas.
Ninguém disse que delação premiada, por si só, é prova suficiente. Mas sentir a necessidade de dizer que delação premiada não é prova suficiente funciona para mostrar os dentinhos ao juiz Sergio Moro e aos procuradores da Lava Jato.