Fui muito aconselhado a não ir por causa de minhas condições físicas, mas não resisti à vontade de reencontrar com parentes e a cidade.
Fiquei emocionado pela recepção por primos e primas de primeiro e segundo grau, surpresos com minha presença.
Há muito esperava ir lá, mas a doença e dificuldade para superar as recriminações pela viagem adiaram o reencontro com minha gente.
Apesar do cansaço e dos quebras-mola que infestam diversos trechos da rodovia, principalmente entre Lagoa Santa e uma tal de Vila Maria, valeu a pena.
Sendo inverno, com muito verde pelo caminho, São Vicente resiste gloriosamente às dificuldades conjunturais que gerou a dispensa de 70 funcionários de uma metalúrgica instalada há pouco tempo e que cobria a falta de vagas de trabalho em decorrência do fechamento, faz algum tempo, da fábrica de tecidos da Cia. Cedro e Cachoeira.
No seu lugar surgiu a fábrica de doces "Famoso" que ocupou as centenárias instalações industriais.
Fico sabendo que São Vicente tornou-se atração para pequenos sítios de pessoas que procuram fugir dos tormentos da cidade grande. A pergunta que fica no ar é se a administração está aplicando normas de controle de poluição das águas e preservação ecológica.
Certamente que isto não ocorre ou, se existe, é coisa precária.
Além da emoção de rever pessoas tão queridas e tão simples, pude matar o tanto de saudade de retorno ao meu lugar de origem.