Chega de Saudade é o primeiro álbum do cantor e compositor brasileiro João Gilberto.
O disco foi lançado em LP em 1959 pela Odeon, este é um grande disco, tanto por suas canções quanto por sua importância na história da música popular brasileira, tendo sido mantido em catálogo desde o seu lançamento até 1990, por 31 anos consecutivos. Em 2007, foi eleito em uma lista da versão brasileira da revista Rolling Stone como o quarto melhor disco brasileiro de todos os tempos
João Gilberto, baiano de Juazeiro, chega ao Rio de Janeiro como solista no conjunto vocal Garotos da Lua, João rodou por diversos empregos, desde cantor da noite dos inferninhos cariocas até ponta em musical e morou de favor nas casas dos mais variados amigos. Desiludido com o insucesso da tão sonhada carreira musical, foi embora do Rio. Numa troca perene de cidades, viveu em Porto Alegre, Diamantina e voltou a Salvador.
Quando retornou à Cidade Maravilhosa, no entanto, trazia na bagagem a fórmula infalível de seu sucesso: a Bossa Nova. Ao ser apresentado pelo colega e fotógrafo de várias das capas da Bossa Nova Chico Pereira ao já reconhecido no meio musical Tom Jobim, João Gilberto não precisou fazer maiores esforços. A maneira única e minimalista de tocar o samba em seu violão parecia servir perfeitamente a algumas das composições antigas de Jobim. Junte-se à batida sincopada de João e à modernidade das harmonias tiradas do piano de Tom a poesia do ainda diplomata Vinicius de Moraes e, pronto, tem-se a receita mais popular da bossa nova.
Em 1958, o violão do João Gilberto já pôde ser escutado em duas faixas – Chega de Saudade e Outra Vez – do disco Canção do Amor Demais, de Elizeth Cardoso. Nesse que é conhecido como o marco inicial da bossa nova.
O sucesso alcançado por Chega de Saudade, o impacto positivo causado pela modernidade daquela música e a insistência de Tom Jobim para que Aloysio de Oliveira, então diretor musical da Odeon, comprasse a ideia de um disco inteiro do músico baiano renderam a João seu primeiro LP. As gravações do LP Chega de Saudade começaram em janeiro de 1959 e terminaram em 4 de fevereiro
Vários foram os músicos que participaram das sessões de gravação, Milton Banana, na bateria, Guarany, na caixeta, Juquinha, no triangulo, Rubens Bassini, nos bongôs e Copinha, na flauta, todos presentes na gravação da música "Chega de Saudade". Durante a gravação de "Bim bom" além dos músicos citados ainda tínhamos a presença de três integrantes do grupo Garotos da Lua, Milton, Acyr e Edgardo.
A participação de Tom foi além da produção musical, arranjos e de seu piano. O texto da contracapa também é de sua autoria.
“João Gilberto é um baiano, 'bossa-nova' de vinte e seis anos.
Em pouquíssimo tempo, influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores. Nossa maior preocupação, neste 'long-playing' foi que Joãozinho não fosse atrapalhado por arranjos que tirassem sua liberdade, sua natural agilidade, sua maneira pessoal e intransferível de ser, em suma, sua espontaneidade. Nos arranjos contidos neste 'long-playing' Joãozinho participou ativamente; seus palpites, suas ideias, estão todas aí. Quando João Gilberto se acompanha, o violão é ele. Quando a orquestra o acompanha, a orquestra também é ele. João Gilberto não subestima a sensibilidade do povo.
Ele acredita, que há sempre lugar para uma coisa nova, diferente e pura que - embora à primeira vista não pareça - pode se tornar, como dizem na linguagem especializada: altamente comercial. Porque o povo compreende o Amor, as notas, a simplicidade e a sinceridade. Eu acredito em João Gilberto, porque ele é simples, sincero e extraordinariamente musical.
P. S. - Caymmi também acha.
Antonio Carlos Jobim”
Chega de Saudade Tracklist:
01. Chega de Saudade
02. Lobo Bobo
03. Brigas Nunca Mais
04. Hó-bá-lá-lá
05. Saudade Fez Um Samba
06. Maria Ninguém
07. Desafinado
08. Rosa Morena
09. Morena Boca de Ouro
10. Bim Bom
11. Aos Pés da Cruz
12. É Luxo Só
João Gilberto, baiano de Juazeiro, chega ao Rio de Janeiro como solista no conjunto vocal Garotos da Lua, João rodou por diversos empregos, desde cantor da noite dos inferninhos cariocas até ponta em musical e morou de favor nas casas dos mais variados amigos. Desiludido com o insucesso da tão sonhada carreira musical, foi embora do Rio. Numa troca perene de cidades, viveu em Porto Alegre, Diamantina e voltou a Salvador.
Quando retornou à Cidade Maravilhosa, no entanto, trazia na bagagem a fórmula infalível de seu sucesso: a Bossa Nova. Ao ser apresentado pelo colega e fotógrafo de várias das capas da Bossa Nova Chico Pereira ao já reconhecido no meio musical Tom Jobim, João Gilberto não precisou fazer maiores esforços. A maneira única e minimalista de tocar o samba em seu violão parecia servir perfeitamente a algumas das composições antigas de Jobim. Junte-se à batida sincopada de João e à modernidade das harmonias tiradas do piano de Tom a poesia do ainda diplomata Vinicius de Moraes e, pronto, tem-se a receita mais popular da bossa nova.
Em 1958, o violão do João Gilberto já pôde ser escutado em duas faixas – Chega de Saudade e Outra Vez – do disco Canção do Amor Demais, de Elizeth Cardoso. Nesse que é conhecido como o marco inicial da bossa nova.
O sucesso alcançado por Chega de Saudade, o impacto positivo causado pela modernidade daquela música e a insistência de Tom Jobim para que Aloysio de Oliveira, então diretor musical da Odeon, comprasse a ideia de um disco inteiro do músico baiano renderam a João seu primeiro LP. As gravações do LP Chega de Saudade começaram em janeiro de 1959 e terminaram em 4 de fevereiro
Vários foram os músicos que participaram das sessões de gravação, Milton Banana, na bateria, Guarany, na caixeta, Juquinha, no triangulo, Rubens Bassini, nos bongôs e Copinha, na flauta, todos presentes na gravação da música "Chega de Saudade". Durante a gravação de "Bim bom" além dos músicos citados ainda tínhamos a presença de três integrantes do grupo Garotos da Lua, Milton, Acyr e Edgardo.
A participação de Tom foi além da produção musical, arranjos e de seu piano. O texto da contracapa também é de sua autoria.
“João Gilberto é um baiano, 'bossa-nova' de vinte e seis anos.
Em pouquíssimo tempo, influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores. Nossa maior preocupação, neste 'long-playing' foi que Joãozinho não fosse atrapalhado por arranjos que tirassem sua liberdade, sua natural agilidade, sua maneira pessoal e intransferível de ser, em suma, sua espontaneidade. Nos arranjos contidos neste 'long-playing' Joãozinho participou ativamente; seus palpites, suas ideias, estão todas aí. Quando João Gilberto se acompanha, o violão é ele. Quando a orquestra o acompanha, a orquestra também é ele. João Gilberto não subestima a sensibilidade do povo.
Ele acredita, que há sempre lugar para uma coisa nova, diferente e pura que - embora à primeira vista não pareça - pode se tornar, como dizem na linguagem especializada: altamente comercial. Porque o povo compreende o Amor, as notas, a simplicidade e a sinceridade. Eu acredito em João Gilberto, porque ele é simples, sincero e extraordinariamente musical.
P. S. - Caymmi também acha.
Antonio Carlos Jobim”
Chega de Saudade Tracklist:
01. Chega de Saudade
02. Lobo Bobo
03. Brigas Nunca Mais
04. Hó-bá-lá-lá
05. Saudade Fez Um Samba
06. Maria Ninguém
07. Desafinado
08. Rosa Morena
09. Morena Boca de Ouro
10. Bim Bom
11. Aos Pés da Cruz
12. É Luxo Só