Estava em minha caminhada diária e não sei porque me lembrei que houve uma época de gente que saía para a rua a fim de pregar sobre o fim do mundo, apocalipse e castigos terríveis que viriam direto do céu para pôr ordem no mundo louco.
Como os que antes eram chamados de loucos estão cada vez mais sob controle de remédios permitindo-os conviver com pessoas ditas normais, achei que louco era eu que fico falando em vão sobre as mudanças irrefreáveis que têm ocorrido no mundo.
Caminhando, eu pensava nessas coisas quando aparece um sujeito aos berros xingando a senhora que vendia quitutes e sanduíches em frente à Biblioteca Pública.
Muitas pessoas que se arriscavam a atravessar a avenida, apesar do ronco mais forte de motos e carros na expectativa de o sinal abri, viram-se na iminência de serem atacadas pelo "louco" que pulava ao ritmo dos palavrões que emitia com toda ferocidade.
O sinal abriu mas o "louco" continuou a atacar a moça do carrinho de sanduíches com mais veemência porque os apressados motoristas queriam seguir em frente o mais rápido possível pois pouco se interessavam sobre aquela confusão e batiam buzina para o alucinado rapaz sair do meio da rua.
Confesso que me protegi escondendo-me atrás de uma árvore mas, felizmente o "louco" desceu a avenida com seus palavrões horrorosos contra a moça do carrinho de sanduíche a quem perguntei o que havia acontecido para provocar tamanho ódio do rapaz:
"Eu sei lá se nada falei com ele. Toda hora aqui passa um doido", ela disse.
Acelerei o passo com receio de ser confundido com um maluco porque quem hoje fica querendo entender o que está acontecendo no novo mundo se bobear vai parar no velho nosocômio para tratamento mentais.
Como os que antes eram chamados de loucos estão cada vez mais sob controle de remédios permitindo-os conviver com pessoas ditas normais, achei que louco era eu que fico falando em vão sobre as mudanças irrefreáveis que têm ocorrido no mundo.
Caminhando, eu pensava nessas coisas quando aparece um sujeito aos berros xingando a senhora que vendia quitutes e sanduíches em frente à Biblioteca Pública.
Muitas pessoas que se arriscavam a atravessar a avenida, apesar do ronco mais forte de motos e carros na expectativa de o sinal abri, viram-se na iminência de serem atacadas pelo "louco" que pulava ao ritmo dos palavrões que emitia com toda ferocidade.
O sinal abriu mas o "louco" continuou a atacar a moça do carrinho de sanduíches com mais veemência porque os apressados motoristas queriam seguir em frente o mais rápido possível pois pouco se interessavam sobre aquela confusão e batiam buzina para o alucinado rapaz sair do meio da rua.
Confesso que me protegi escondendo-me atrás de uma árvore mas, felizmente o "louco" desceu a avenida com seus palavrões horrorosos contra a moça do carrinho de sanduíche a quem perguntei o que havia acontecido para provocar tamanho ódio do rapaz:
"Eu sei lá se nada falei com ele. Toda hora aqui passa um doido", ela disse.
Acelerei o passo com receio de ser confundido com um maluco porque quem hoje fica querendo entender o que está acontecendo no novo mundo se bobear vai parar no velho nosocômio para tratamento mentais.