O Dia - Correspondente Internacional

Atualmente quando acordamos qual a primeira coisa que fazemos? Tirar água do joelho? Escovar os dentes? Olhar no espelho?

Eu não perco tempo! Ligo o primeiro "device", teclo a senha e entro no site do Antagonista. É como uma frieira das boas. Não tem como evitar de coçar. Queremos sentir a coceira exalar pelos dedos. O prazer de poder controlar o desejo.

E é assim que eu acordo nos últimos dias. Na verdade assim que acordo desde o final da última eleição presidencial. Que hoje podemos afirmar ter sido a mais fraudada na história da república.

Abro os olhos e penso: "Será que foi hoje? Será que já caíram? Será os prenderam?"

Ainda não. Mas já estão perto. Agora eles vivem reclusos. Nas sombras. Se dizem perseguidos.

O Antagonista que vive em dois fusos horários nas suas centrais de notícias não diminui o ritmo. Nos brinda com novidades e revelações. Eu, neurótico político assumido. Estou sempre pronto para ler, pensar, refletir e replicar os fatos a cada hora. Devorando as páginas virtuais e torcendo como fanático por cada palavra, planilha e prova capturada trazer de volta a vergonha que nos tiraram.

O Antagonista não me parece querer nada além da mais pura e fundamental justiça. Sem firula. Sem vaselina. Sem medo. Apenas a informação Com a ironia fina que os bons possuem.