Nas infinitas guerras que a humanidade já viveu não faltam histórias de heróis. Seja o mito Aquiles na Grécia Antiga que lutou e venceu Heitor ou no início de Roma onde Gaius Mucius teve seu braço queimado e mesmo assim salvou Roma de mais uma tentativa de invasão.
Existem aqueles que acham que não nasceram para serem heróis. São os anônimos de guerra. Jovens ou adultos que o destino os colocaram na frente de batalha e tiveram ações de coragem que salvaram vidas. Viraram heróis de guerra. Voltam para casa com merecidas medalhas. Certificados. Para irmos nos desfiles e homenageá-los.
Na ficção de Hollywood, Mad Men, que muitos amamos e veneram, tem no seu personagem principal Mr. Don Draper o herói que vive uma dualidade. Na sua mente não merece a medalha que ganhou na guerra da Korea. No mundo ele é visto como exemplo. Com isso viveu durante anos um mundo falso, criado a partir de uma causalidade. Podemos dizer que Don não foi corajoso? Ele ajudou a mudar o mundo da propaganda, teve todas as mulheres que desejou, ganhou e perdeu dinheiro e mesmo depois de acabar com a “mentira” que o consumia, se re-inventou para continuar na batalha...
Na literatura, no "Velho e o Mar” o personagem é um bravo pescador. Simples. Com mãos calejadas e rosto queimado. Passa por dores e até fome com o objetivo de não perder a luta contra o peixe que vai tirar um pouquinho das amarguras de sua vida. Vence. Voltar para sua casinha perto da praia onde descansa até a próxima batalha. Hemingway nos mostrou que a coragem está na verdade, nas pequenas ações do dia-dia.
Não é diferente com meu Pai. Bravo Mário. Corajoso Mário. Destemido Mário. Medroso por convicção. Sincero como todos na família. Honesto de alma e coração. Não imaginou que a batalha mais difícil de sua vida estaria escondida no seu corpo.
Depois de vencer na vida empresarial brasileira. Derrotar a burocracia patrimonialista instalada no País. Venceu inimigos tinhosos e venais. Se libertou como Dom Draper de paradigmas para fazer o que gosta e ama. E após passar anos e anos nos campos de guerra, se retirou em seu castelo, para Escrever, Ler e Amar sua eleita.
Mas o caminho não é fácil para este Leão incompreendido por muitos. Na hora que imaginou que estava tudo tranquilo, administrado... O mais difícil dos inimigos surgiu das profundezas de suas células. Não pensou duas vezes. Com sua Gracinda-Dulcinéia ao seu lado, derrubou novos e velhos moinhos. Vestiu sua armadura e foi para batalha. Heróico. Sem medo. Sem limite. Sem dores. Lutou e ainda luta. Passou “o pão que o diabo amassou” e hoje, no dia do seu aniversário, o vemos forte e intenso. Critico nas palavras e gentil nos versos.
Pai Coragem. Meus Parabéns. Muitas Felicidades. Muitas alegrias ainda terá com sua família. Muitos títulos ainda ganhará com nosso Galo.
A batalha como sabemos, mais uma vez, apenas começou.
Grande beijo, abraço e choro do seu filho Guga.
Grande beijo, abraço e choro do seu filho Guga.