Que estava para explodir, estava mesmo.
Concentrou-se pensando no seu amor pela jovem esposa e no momento especial do primeiro filho que chegaria em breve.
Não podia extrapolar com a sogra, pessoa que aprendeu a admirar na sua luta pela vida desde que trabalhava na roça, conseguindo levar a vida com heroismo para superar obstáculos inimagináveis e superar, sozinha, tantas dificuldades e crescer na vida. Aproximou-se da mãe de sua esposa e resolve que o melhor seria utilizar a ironia para se expressar:
“A senhora me desculpe mas eu gostaria de saber com quantas mulheres eu me casei além da minha esposa e se isto está registrado na certidão de casamento?”
A sogra tomou um susto. Ele só podia estar brincando.
“Não estou entendo o que você diz”- disse a sogra.
E ele: “ Não sou nenhum sultão das Arábias, mas acho que estou com uma porção de esposas, além da sua filha. Tem a senhora, tem sua outra filha, tem minha mãe, minhas irmãs, as vizinhas, todas me cobrando como se fossem minhas mulheres para saber sobre o filho que está chegando, me cobrando o que tenho de fazer, que não posso esquecer disso e daquilo. Sei não, mas acho que eu casei com todas as mulheres a minha volta, entende?”.
Apesar do susto, a sogra entendeu a apreensão do genro, bom rapaz e bom marido, e sorriu porque ele não entendia como a chegada ao mundo de um pequenino ser merece das mulheres em volta um carinho exagerado, próprio delas e que quase sempre os homens não conseguem captar. Ah! essas mulheres maravilhosas…