Dia desses, não mais que de repente encontro um velho conhecido que tem fama de abelhudo e fofoqueiro.
Com sua conhecida conversa mole, passou a me fazer perguntas indiscretas sobre personagens públicas de Minas sob o argumento injusto de que sou um fofoqueiro e que sei histórias do arco da velha das Gerais.
Reclamei com veemência. Logo eu que sou um santo, vivo preso em casa por causa de minha doença e não tenho como tirar "onda" sobre ninguém.
Aliás, sempre fui dedicado ao trabalho seja na época de jornalista, seja na época de agência de publicidade.
Aliás, quando dirigi à Hoje Publicidade junto com meu sócio era uma luta insana para a agência sobreviver.
Disse ao irresponsável que me instilava a praticar o velho vicio da fofoca que saísse fora porque me repugnam certas coisas como isso de me comportar como um fofoqueiro.
Mas o desgracado continuou a insistir para que eu abrisse o bico e desaforadamente me perguntou como era minha vida sexual na juventude.
Quase lhe enfiei a mão na cara porque como o meu inquisidor devia saber por causa própria que a alternativa para a gente era resolver nosso problema na "zona" da rua Guaicurus ou nos "rendez vous" mais refinados como o da Marieta. ou o da rua dos Pampas.
Pois não é que ele me perguntou quantas gonorréias e cancro-duro ou mole eu "conquistei" naquele tempo...Mais ainda: qual remédio eu usava?
Realmente, não dava para entender o que o sujeito estava querendo com aquela conversa.
- Sei lá, cara!!! , a gente confiava no farmacêutico, ora. Mas, afinal, porque você me enche o saco, se eu estou com mais setenta anos e já dobrei o Cabo da Boa Esperança, como se dizia na época.
- É a História, amigo. Estou escrevendo um livro sobre aquela época e me interessou muito a questão da vida sexual dos revolucionários em Minas e fiquei sabendo que uma guerrilheira meia louca rompia com os preconceitos da tradicional família mineira e que, por sua feroz atividade sexual junto com a turma da pesada que preparava-se para ações guerrilheiras e terroristas, ganhou o nome de "fulana de tal benzetacil", remédio das gonorréias. Quem é essa pessoa? Conta para mim.
Diante de assunto tão desagradável e inútil, além de indecoroso, simplesmente disse que não sabia de nada e dei um definitivo "até mais". Que coisa mais absurda ! O país vivendo a maior crise política e econômica da História e o cara me fazendo essa pergunta ignóbil. Eu me despedi e fui embora. Eu não frequentava aquela turma de loucos. Que ele procurasse quem fazia parte da confraria, ora...
Com sua conhecida conversa mole, passou a me fazer perguntas indiscretas sobre personagens públicas de Minas sob o argumento injusto de que sou um fofoqueiro e que sei histórias do arco da velha das Gerais.
Reclamei com veemência. Logo eu que sou um santo, vivo preso em casa por causa de minha doença e não tenho como tirar "onda" sobre ninguém.
Aliás, sempre fui dedicado ao trabalho seja na época de jornalista, seja na época de agência de publicidade.
Aliás, quando dirigi à Hoje Publicidade junto com meu sócio era uma luta insana para a agência sobreviver.
Disse ao irresponsável que me instilava a praticar o velho vicio da fofoca que saísse fora porque me repugnam certas coisas como isso de me comportar como um fofoqueiro.
Mas o desgracado continuou a insistir para que eu abrisse o bico e desaforadamente me perguntou como era minha vida sexual na juventude.
Quase lhe enfiei a mão na cara porque como o meu inquisidor devia saber por causa própria que a alternativa para a gente era resolver nosso problema na "zona" da rua Guaicurus ou nos "rendez vous" mais refinados como o da Marieta. ou o da rua dos Pampas.
Pois não é que ele me perguntou quantas gonorréias e cancro-duro ou mole eu "conquistei" naquele tempo...Mais ainda: qual remédio eu usava?
Realmente, não dava para entender o que o sujeito estava querendo com aquela conversa.
- Sei lá, cara!!! , a gente confiava no farmacêutico, ora. Mas, afinal, porque você me enche o saco, se eu estou com mais setenta anos e já dobrei o Cabo da Boa Esperança, como se dizia na época.
- É a História, amigo. Estou escrevendo um livro sobre aquela época e me interessou muito a questão da vida sexual dos revolucionários em Minas e fiquei sabendo que uma guerrilheira meia louca rompia com os preconceitos da tradicional família mineira e que, por sua feroz atividade sexual junto com a turma da pesada que preparava-se para ações guerrilheiras e terroristas, ganhou o nome de "fulana de tal benzetacil", remédio das gonorréias. Quem é essa pessoa? Conta para mim.
Diante de assunto tão desagradável e inútil, além de indecoroso, simplesmente disse que não sabia de nada e dei um definitivo "até mais". Que coisa mais absurda ! O país vivendo a maior crise política e econômica da História e o cara me fazendo essa pergunta ignóbil. Eu me despedi e fui embora. Eu não frequentava aquela turma de loucos. Que ele procurasse quem fazia parte da confraria, ora...