Em uma delas aparece foto de Luís Inácio confortavelmente sentado em viatura do DOPS.
Faz sentido.
Quando viajei com minha mulher à Alemanha para visitar nosso filho em Erlangen, sede da Siemens, na qual trabalha, o embarque foi em São Paulo, em avião da VARIG, empresa que pouco depois encerraria suas atividades num processo que não cheirou bem porque,a empresa,era modelo de qualidade.
No saguão de espera conversamos com um casal que iria no mesmo voô. Ele era executivo de uma empresa em São Paulo e iniciara a carreira como estagiário na Volkswagen quando foi chamado para passar uma informação ao presidente que estava em reunião com Lula para negociarem o fim da greve.
No pátio, os "cumpanheiros" aguardavam o que seria decidido, enquanto na reunião na presidência da Volks, um tranquilo Luís Inácio sorvia seu scotch e seu charuto.
O chefão da empresa alemã fazia apelo ao presidente do Sindicato:
"Segura a greve mais um pouco, Lula, até a gente conseguir o aumento dos preços dos carros com o Governo".
"Deixa comigo, presidente, disse Luís Inácio já se dirigindo para a varanda que dava para o pátio onde os "cumpanheiros" se concentravam e se afitavam.
Com seu palavrório demagógico, o demiurgo fez e aconteceu clamando aos "cumpanheiros" para manter a greve e recebeu vivas e a promessa de que o aumento dos salários seria conseguido.
Com o passar do tempo, deu no que deu, disse desolado o antigo estagiário da Vols.
Antes que fosse feita a chamada para o nosso vôo, veio aquela o vontade de vomitar e aproveitar a viagem para ficar em definitivo em outras terras distantes do Brasil.