Raridade - Crônica "Estado de Minas" - 01/10/2015

Luan Santana em momento eu me amo
Como o mundo atual tem problemas, náo? Será que sempre foi assim?

Em volume de noticiário de arrepiar parcos cabelos de uma cabeça em processo acelerado de calvície, certamente que sempre houve fatos desagradáveis mas não na intensidade com que ocorre atualmente.

A paranóia parece crescer de tal maneira que até nos esquecemos de coisas boas que acontecem. apesar das mentes poluídas e tortas que não impedem avanços científicos e tecnológicos capazes de descobir água e possibilidade de vida em Marte, evolução de recursos de comunicação, de design, de facilidades nunca antes imaginadas nos diversos setores de atividade.

Se a área educacional sofre uma saraivada de críticas, escolas revolucionam o ensino, municiadas por edições de livros de alta qualidade, atraindo os mais diversos públicos, especialmente o infantil.

Lamentável é a degradação definitiva da música brasileira que conquistou o mundo com a beleza de suas melodias e letras, a competência de seus cantores e cantoras, tudo agora reduzido a algo que não seria demais ser chamado de lixo cultural.

Como diria o outro, nem tudo é perfeito, mas poderíamos ser agraciados com redução drástica de escândalos políticos e corrupção vergonhosa que assaltam nossos bolsos de forma vil, escancarada, sem perdão.

Seria demais pedir vergonha na cara de tanta gente que se apropria indevidamente das sucessivas evoluções e que pertencem à humanidade e ao povo em geral.

Sonhadores aloprados e sem caráter sempre jogaram contra, levando vantagem das boas conquistas humanas,

Como dizia uma música de outros tempos, “a vergonha é a herança maior que meu pai me deixou".

Acontece que, apesar de tantas benesses desse admirável mundo novo, previsto por Aldous Huxley e proporcionado por inventores e pensadores, ter vergonha na cara tornou-se raridade