Antes tinha acesso fácil à sua conta pelo computador mas o banco impôs que ele implantasse um programa de segurança: só assim ele poderia saber a quantas andava seu dinheiro e suas aplicações.
Seguiu o roteiro, mas em um ponto da operação a coisa empacou.
Foi à a agência: se levasse o computador à agência o gerente resolveria o problema?
O gerente alegou que, por questão de segurança, só o cliente pode fazer o procedimento em sua casa. Bastava ligar para a central do banco em São Paulo e receberia todas orientações.
Mesmo inconformado, ligou para a central.
Atendeu voz feminina de computador que lhe indicou teclar a última das nove opções que oferecia embora houvesse apenas oito à escolha.
Reiniciou o processo. Nova voz eletrônica lhe passou um número enorme e aí, sim, ele falaria ao vivo com um ser humano.
Doce ilusão pois de novo atendeu outra voz de computador.
Não adiantava soltar palavrões horrorosos contra o processo kafkiano em que se envolvera.
Não admitia servir de empregado do banco como ocorre com outras empresas que repassam ao cliente a missão de apertar teclas e mais teclas sem sentido para se adaptar às seguidas mudanças tecnológicas em nome de uma segurança cada vez mais precária no país e na internet, embora o esquema nunca funcione quando o cliente precisa de uma solução.
Quis soltar outro palavrão mas desistiu.
Melhor entregar para Deus apesar de achar que todo esquema de proteção tenha sido organizado pelo Demo.
Afinal, o Diabo está sempre nos detalhes como alertou Guimarães Rosa na voz de Riobaldo em “Grande Sertão – Veredas”.
Seguiu o roteiro, mas em um ponto da operação a coisa empacou.
Foi à a agência: se levasse o computador à agência o gerente resolveria o problema?
O gerente alegou que, por questão de segurança, só o cliente pode fazer o procedimento em sua casa. Bastava ligar para a central do banco em São Paulo e receberia todas orientações.
Mesmo inconformado, ligou para a central.
Atendeu voz feminina de computador que lhe indicou teclar a última das nove opções que oferecia embora houvesse apenas oito à escolha.
Reiniciou o processo. Nova voz eletrônica lhe passou um número enorme e aí, sim, ele falaria ao vivo com um ser humano.
Doce ilusão pois de novo atendeu outra voz de computador.
Não adiantava soltar palavrões horrorosos contra o processo kafkiano em que se envolvera.
Não admitia servir de empregado do banco como ocorre com outras empresas que repassam ao cliente a missão de apertar teclas e mais teclas sem sentido para se adaptar às seguidas mudanças tecnológicas em nome de uma segurança cada vez mais precária no país e na internet, embora o esquema nunca funcione quando o cliente precisa de uma solução.
Quis soltar outro palavrão mas desistiu.
Melhor entregar para Deus apesar de achar que todo esquema de proteção tenha sido organizado pelo Demo.
Afinal, o Diabo está sempre nos detalhes como alertou Guimarães Rosa na voz de Riobaldo em “Grande Sertão – Veredas”.