Exclusivo - O Brasil tem o Primeiro Homem Transgênico do Mundo.

O mundo mais uma vez terá de se curvar ao Brasil.

O Instituto Urtigão de Pesquisa acaba de descobrir, mesmo sem dispender verbas do governo, sem patrocínio e tampouco sem pertencer a ABRAJI -Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, o primeiro homem transgênico do mundo que para a nossa glória é deputado federal pelo Paraná e, mais, filho do Guerreiro do Povo Brasileiro, José Dirceu de Oliveira e Silva.

Trata-se do deputado federal José Carlos Becker de Oliveira e Silva, também conhecido como Zeca Dirceu.

Vamos para as explicações: José Dirceu, ex-líder estudantil, ex-militante do PCB, ex-preso político, ex-refugiado no México e, posteriormente em uma famosa ilha do Caribe, ex-retornado clandestino (há controvérsias), ex-modificado facialmente por cirurgia plástica (novas controvérsias), novamente exilado em Cuba e novamente modificado por cirurgia plástica, viveu de 1975 a1979, em Cruzeiro do Oeste/Paraná , onde se casou com Clara Becker, usando a identidade de Carlos Henrique Gouveia de Mello (nada a ver com o Collor), moça prendada, de descendência alemã, que possuía uma boutique na cidade. Não podemos afirmar que houve oportunismo do Guerreiro, mas a corte, o noivado e o casamento rendeu a ele o apelido de "Pedro Caroço ", em alusão a uma música de Genival Lacerda, de sucesso na época, que descrevia uma Severina Xique Xique, que tinha uma boutique .

Com ela teve um filho, o hoje deputado federal Zeca Dirceu, que apesar de jovem tem uma próspera carreira política. Vai daí, a inefável pergunta: de quem Zeca Dirceu é filho?De Zé Dirceu ou de Carlos Henrique. Depois de 1979, Zé Dirceu assumiu a sua antiga identidade e mergulhou de vez na política. Tudo leva a crer que o filho foi registrado como sendo filho de Clara Becker e de Carlos Henrique Gouveia de Mello. Depois, foi legitimado como filho de José Dirceu. O Instituto Urtigão de Pesquisa, em um trabalho dígno do grande Sherlock Holmes, chegou à conclusão que o deputado é transgênico. Filho de Zé Dirceu, de Carlos Henrique e de Pedro Caroço. Mais uma vez o mundo se curvará ao Brasil.

PS: Zé Dirceu é também ex-deputado estadual por São Paulo, ex-presidente do PT, ex-ministro da Casa Civil ( ou será covil), ex- presidiário e novamente presidiário. Uma vida aventurosa de um mineiro nascido em Passa-Quatro, com sessenta e nove anos de idade. Ainda é consultor de assuntos variados, de muito conceito e alta remuneração. Amante de vinhos caros, charutos cubanos e outras boas coisas que só estão ao alcance de comunistas de alto coturno.

Notas e Histórias

Para não dizerem que tenho fixação nos "cumpanheros ", vai uma historinha do tempo dos militares. Caso verídico contado por um amigo meu que trabalhou muitos anos no Hotel Del Rey em Belo Horizonte.

Hospedou-se no Del Rey, num fim de semana, o General Sylvio Frota, expoente da linha dura, que veio a BH tentar apoio de Aureliano Chaves, governador do Estado, para se contrapor a abertura lenta e gradual prometida e feita pelo Presidente Geisel.

O momento era tenso. Poucos dias depois morria no DOI-CODI, em São Paulo, o jornalista Wladimir Herzog e logo depois o metalúrgico Manoel Fiel Filho (este quase nunca é lembrado). Geisel havia destituído do comando em São Paulo o Gal. Ednardo Mello, responsável pelo DOI e pelas mortes. Sylvio Frota conspirava, com QG montado na suíte presidencial do Del Rey com uma grande "entourage" de oficiais, cabos e taifros. Checagem de fichas de hóspedes, patrulhamento na portaria de serviço e na portaria social do hotel e funcionários devidamente credenciados para servir no andar do General. No apartamento 1717, logo abaixo da suíte do General, foi montada uma aparelhagem de rádio, ligada dia e noite com o comando do Exército em Brasília. Arapongagem à brasileira.

Conta o meu amigo: chegou no hotel por volta do meio-dia e foi direto à gerência ver se tinha algo a resolver, apesar de ser sábado, dia normalmente calmo. Grande surpresa: o telex passou a berrar a campainha. Meu amigo atendeu. Era do Comando do Exército em Brasília, mandando recado desaforado para o operador do rádio no posto e que atendesse o rádio instalado no hotel.

Notas:

1) De Margareth Thatcher: “lugar que comunista pisa não nasce nem grama”. Emendo: é igual mijo de jegue e área de goleiro de várzea onde não nasce nem planta daninha.

2) De José Simão: “se Elvis não tivesse morrido, faria 81anos neste janeiro. E se Sarney não tivesse morrido faria 120 anos também em janeiro".

Urtigão (desde 1943)