Os segundos e minutos correm mais rápido a partir da chegada da velhice? Este foi o tema de debate da turma de jovens anciões na reunião regada a cerveja light no bar que os acolhe faz bem uma década para um papo amplo sobre vida, futebol e política.
Para o mais radical da roda, um inveterado descrente sobre tudo e todos, quanto mais a coisa correr mais rápido, melhor para acabar com essa lenga-lenga de nunca se chegar a um fim.
O segundo, um jurista ou, mais do que isto, um apaixonado por cantar lânguidas canções das serenatas de sua juventude para conquistar mil garotas, aspira que tudo não corra tão rápido mesmo sabendo que, infelizmente, a volúpia dos aparelhos cibernéticos impede que alguém deixe para depois o que possa fazer depressa.
O mais alegre de todos, sempre disposto a contar inacreditáveis histórias como se fosse um papagaio no calor do verão que nunca termina, pensa na sua eternidade e na sede de viver à medida em que mais participa de caminhadas e hidroginásticas. Para ele, como na vida tudo é questão de detalhe, seja ela curta ou longa.
Em contraste com os outros, o quarto companheiro é o único jovem de modernidade impressionante, aberto a experiências fantásticas e integrado ao mundo da interatividade total. Com razão, acha que há tempo de sobra para seus sonhos, realizações, viagens pelos quatro cantos do mundo e até para a sempre adiada conquista do campeonato por seu time do coração.
Por fim, há o ingênuo amigo para quem nada muda no mundo. Segundo ele, a diferença de outras época não é a velocidade frenética para se aproveitar de tudo num piscar de olhos, mas a embalagem em papel finíssimo da ilusão de que o mundo moderno possa nos conduzir a uma eternidade sem limites.
E lamenta que lhe reste pouco tempo para rir sobre a questão.
Para o mais radical da roda, um inveterado descrente sobre tudo e todos, quanto mais a coisa correr mais rápido, melhor para acabar com essa lenga-lenga de nunca se chegar a um fim.
O segundo, um jurista ou, mais do que isto, um apaixonado por cantar lânguidas canções das serenatas de sua juventude para conquistar mil garotas, aspira que tudo não corra tão rápido mesmo sabendo que, infelizmente, a volúpia dos aparelhos cibernéticos impede que alguém deixe para depois o que possa fazer depressa.
O mais alegre de todos, sempre disposto a contar inacreditáveis histórias como se fosse um papagaio no calor do verão que nunca termina, pensa na sua eternidade e na sede de viver à medida em que mais participa de caminhadas e hidroginásticas. Para ele, como na vida tudo é questão de detalhe, seja ela curta ou longa.
Em contraste com os outros, o quarto companheiro é o único jovem de modernidade impressionante, aberto a experiências fantásticas e integrado ao mundo da interatividade total. Com razão, acha que há tempo de sobra para seus sonhos, realizações, viagens pelos quatro cantos do mundo e até para a sempre adiada conquista do campeonato por seu time do coração.
Por fim, há o ingênuo amigo para quem nada muda no mundo. Segundo ele, a diferença de outras época não é a velocidade frenética para se aproveitar de tudo num piscar de olhos, mas a embalagem em papel finíssimo da ilusão de que o mundo moderno possa nos conduzir a uma eternidade sem limites.
E lamenta que lhe reste pouco tempo para rir sobre a questão.