Há dias o correspondente internacional deste blog escreveu um belo artigo sobre o discurso do Presidente Barack Obama sobre o Estado da União. Antes que me corrijam, é assim mesmo que escreve. O discurso do chefe do poder executivo americano no Congresso Senado e Câmara) versa sobre o Estado e pode-se traduzir como a condição da União.
Trata-se de uma resenha ao Congresso sobre as reais condições do País e as realizações e propósitos do Presidente para o ano que se inicia. É uma tradição iniciada logo após a independência, por George Washington, o primeiro presidente da grande nação do Norte, que já foi nossa amiga, hoje transformada em inimiga e espoliadora de forma contumaz pelos audazes e heróicos comunistas brasileiros, gente estóica só nas aparências mas notáveis no gosto por coisas boas e caras quando estão longe das vistas do povão ou Zé povinho, como queiram.
O Brasil já foi Estados Unidos do Brasil, a exemplo dos americanos do Norte, sejam eles filhos de Tio Sam ou herdeiros de grandes heróis mexicanos. Para quem não sabe, o nome oficial do México é Estados Unidos Mexicanos. Sinal certo que vão melhorar e ainda farão jus ao nome. Conosco aconteceu o mesmo: deixamos de ser Estados Unidos e passamos a chamar República Federativa do Brasil. Não sei porque trocaram o nome. Se era para distanciar do Hemisfério Norte, foi de pouca valia.
Voltemos ao discurso.
O nosso correspondente internacional, que tem a honra de morar nos USA, por mérito e competência, descreveu em minúcias a fala de Obama, excelente orador, formado em Harvard, nada mais nada menos do que a melhor universidade do mundo. O discurso foi ouvido com atenção e respeito, mesmo sendo de um presidente negro, filho de um queniano com uma americana, nascido no Hawaí, criado na Indonésia e depois nos Estados Unidos.
Presidente em fim de mandato que no início do ano que vem deixará a política, pois em terras americanas ex-presidente não se intromete em coisas de política, ao contrário do que ocorre aqui.
Pois não é que nossa Presidenta, no início de seu segundo ano de mandato, resolveu também discursar na abertura dos trabalhos legislativos, levando ao Congresso e ao presidente do STF, as pretensões de seu desgoverno para 2016. Discurso lido, pois a digna Senhora é incapaz de formular uma frase sequer que tenha coerência que seja de sua lavra. Tão ruim de idéias que ensejou até a criação de um dicionário, sucesso de vendas, livro de muita valia para quem ousa entender a tosca oratória de nossa gerentona .
Um discurso que deveria ser chamado de oração sobre o estado de miséria em que se encontra a Federação. Sonegou fatos às pamparras. Se estados e municípios também são entes federativos, por que não dizer em alto e bom som que estão todos falidos? Porquê não? E informar aos congressistas e ao povo que a saúde está falida, a educação idem, a segurança também, a infra-estrutura inexiste, a economia é uma lástima, o orçamento uma peça de ficção e o Estado (aqui com maiúsculas), um ente voraz que tudo devora e nada entrega em troca. Porquê não informou sobre a corrupção em todos os níveis? Porquê não informou sobre a inépcia do serviço público, também em todos os níveis, sobre as graves ameaças que o País enfrenta e sobre o legado terrível que deixaremos para as próximas gerações .
Em vez de dizer verdades, foi literalmente pedir penico, falando em união do Congresso e de todos para votar novos impostos que serão tragados de maneira imoral pelo governo que não sabe o que faz e muito menos o que deve fazer.
Nunca tivemos nada igual no Brasil. Pensem bem leitores. Já tivemos um Presidente maluco na essência da palavra e já tivemos um presidente que se dedicava mais aos prazeres do álcool do que aos seus afazeres. Vou usar uma expressão que às vezes era usada por minha mãe: “Que Deus a tenha!”
Como essa Senhora teve a "cachimônia " de posar de estadista e fazer um discurso tão hipócrita? É muita audácia.
Infelizmente, a oposição errou mais uma vez. Não deveriam tê-la vaiado. Deveriam todos gritar em alto e bom som clamando pela presença do autor.
Notas:
1) Os comunistas brasileiros gostam de coisas boas. Na volta do Equador, onde a Presidenta foi participar de reunião dos países da América do Sul o do Caribe, o avião da comitiva tevê uma queda de cem metros ao passar por uma turbulência. O Ministro de relações com comunistas, terroristas e outros istas, Marco Aurélio Garcia, tomou um banho de vinho cara abaixo, de fazer inveja a José Serra. Comunista, dono de um hálito de múmia, não faz a barba mas gosta de um bom vinho.
2) O apelido do ministro Jacques Wagner no meio da "empreita", segundo a imprensa, é compositor, referência ao grande compositor alemão. É sempre bom lembrar que Richard Wagner escreveu muita coisa, entre elas a Götterdämmerung, ópera que em Português é conhecida como “Crepúsculo dos Deuses”.
Que sirva de advertência:
• Dilma reuniu o natimorto conselhão. Tanta gente que teve até "overbooking". Para nada. Impossível reunião com noventa pessoas, as quais todas com direito a palpitar. Melhor seria chamar qualquer guru de auto-ajuda e organizar uma palestra de motivação. Para os empresários, ouso sugerir até o título: “como ganhar dinheiro sem usar capital proprio’, e não pagar juros altos. Sujeito: BNDES.
• Receita de serviço público: se quiser que alguma coisa não evolua, crie uma comissão de alto nível ou uma força tarefa para resolver o problema. Aqui vale lembrar a fábula. Deus criou o cavalo, um dos animais mais bonitos da face da terra. Alguns palpiteiros consultados resolveram botar defeito. O Grande Arquiteto resolveu dar-lhes uma chance . Criaram o camelo!!!!! Aliás, o cavalo é tão bonito que segundo Ernest Hemingway só existia algo mais bonito na Terra: Ava Gardner.
• Esse mundo está mesmo virado. Estados Unidos exportando petróleo para a Venezuela, Jacob Zuma, presidente da África do Sul, gastando US$60 milhões na sua casa às custas do governo para a instalação de um estábulo, de um galinheiro, de uma piscina e de um anfiteatro. Êta galinheiro caro.
Para terminar: Dizem as más línguas que se o Congresso Nacional fosse uma loja de eletrodomésticos, muitos parlamentares pertenceriam à "linha branca". Qual a razão eu não sei.
Urtigão (desde 1943)