Por uma Psicanálise Coletiva

O Carnaval gerou a trégua ansiada por Luís Inácio e pela presidenta Dilma já que o Brasil varonil, como sempre, deixou-se levar no ritmo da fantasia do tríduo momesco. O marqueteiro João “Goebbels” Santanna por certo aproveitou o periodo para engendrar artimanhas mil para que se deixe de lado a história do sítio em Atibaia com lago especial para o barquinho-vai-e-a–tardinha-cai que dona Maria Letícia “não” comprou e o sítio com milionárias benfeitorias que o “santo” Luiz Inácio “não” adquiriu. 

O Brasil parece reviver o que aconteceu na Itália nos anos1990 com a “Operação Mãos Limpas” diante de um forte esquema de corrupção do Partido Comunista Italiano que havia recebido cerca de quatro milhões de dólares da KGB, tendo por base o testemunho de um tal Tommaso Buscetta, o primeiro “capo” da máfia italiana a quebrar o código de silêncio (omertà)da entidade criminosa.

Durante a “Operação Mãos Limpas” foram expedidos 2.993 mandados de prisão e investigadas 6.059 pessoas entre empresários, administradores e parlamentares, dos quais quatro haviam sido primeiros-ministros pertencentes aos quatro partidos no governo em 1992 – o Democracia Cristã, o Socialista, o Social Democrata e o Liberal Italiano.

Impressionante a semelhança das armações na Itália com as do Brasil desde que o PT e comunistas ascenderam o poder, incluídas as manobras atuais para acabar com a Operação Lava-Jato e com o trabalho do juiz Sérgio Moro da Polícia Federal do Paraná. Sem que aqui se queira fazer previsões apressadas, está na cara que, em breve e certamente com o piedoso beneplácito da Santa Madre Igreja de freis esquerdistas, acontecerá uma espécie de “canonização” do Lula, coitadinho, tão “inocente”, que teve a coragem de afirmar que “não existe viva alma no pais mais honesta que eu”, tudo dito em meio à mais deslavada corrupção acontecida no Brasil e cuica no mundo, como diria antigo governador de Minas.

Na campanha para salvar o santo Luís Inácio pode-se prever também a canonização em vida de Dilma Rousseff através de ações de marketing para apagar sua imagem de planejadora de atos terroristas desde a juventude em Belo Horizonte (tinha de ser Minas, puxa vida!) e de articuladora da recuperação da economia do Brasil que ela e sua troupe cuidaram de arrasar através dos mais ardilosos recursos de tornar a mentira uma verdade irrefutável.

Talvez o Brasil precise passar por um processo psicanalítico envolvendo toda população para que as pessoas finalmente enxerguem o rumo que toma o país em meio a tantas armações, tanta mentira e tantos escândalos em nome de um criminoso projeto de eternização no poder. Aliás, só mesmo o velho Sigmund Freud para explicar a que ponto chegou e poderá chegar a psicopatia no Brasil.