Cultura Mineira Perde Ronaldo Brandão

Morreu Ronaldo Brandão, personalidade cultural de Belo Horizonte desde os tempos em que o cinema vivia de mitos como Ingmar Bergman, Federico Felini e todo o conjunto de participantes da Nouvelle Vague, entre eles, diretores como Jean-Luc Godard, François Truffaut, Claude Chabrol e outros.

Na época, o jornalismo dava valor à crítica cinematográfica e em Minas despontavam nomes como Cyro Siqueira, Maurício Gomes Leite, entre outros, incluindo Ronaldo Brandão e toda turma do CEC – Centro de Estudos Cinematográficos que funcionava numa sala no andar acima do mitológico cine Art Palácio onde toda uma geração refletia sobre vida e filosofia assistindo “Hiroxima, mon amour”, “Oito e Meio” e as complexas obras de Ingmar Bermann.

A crítica exigia conhecimento não só da arte e da história do cinema, mas também uma visão filosófica e política do que acontecia no mundo e na literatura.

Figura controversa também no jornalismo, Ronaldo Brandão influenciava decisivamente a vida cultural de Belo Horizonte.

Bons tempos de uma intensa vida cultural que tinha Ronaldo Brandão como ícone.