Morreu dia 2 de março, em Las Vegas, aos 99 anos, o ilusionista e prestidigitador Franz Czeiler, húngaro de nascimento, criador de um dos maiores circos do mundo - O Thihany Spetacular Circus, que ficou conhecido no Brasil como Circo Mágico Tihany. Judeu, chegou ao Brasil em 1954, com a família que fugira da Europa e dos nazistas.
Eu o conheci nos anos setenta em Belo Horizonte. Hospedava-se no hotel Del Rey, amigo de seu gerente geral, Erich Baumeier, quando estava com sua troupe em Belo Horizonte. Inigualável em sua arte ilusionista e insuperável na escolha de suas bailarinas, a maioria argentinas, jovens e bonitas. Ele as hospedava no hotel Metrópole, segundo ele, "cerca" do Del Rey. Para mim, jovem, com dinheiro no bolso, poliglota de "room service" era uma festa. Tinha companhia de belas mulheres, jovens e sem compromisso, que me ajudaram a alegrar noites animadas numa Belo Horizonte pacata e acolhedora.
Fiquei triste com sua morte. Precursor de circos modernos, antes da renovação do Cirque du Soleil, Thihany foi mestre em sua arte de levar fantasia e encantamento aos frequentadores de seus espetáculos em todo o mumdo. Junto com minha tristeza pela morte do artista, fiquei mais triste ainda com o espetáculo chulo, tosco e baldio que nos foi oferecido na sexta-feira passada por Lula.
Os mágicos de circo, sejam eles mambembes ou faustosos, são pessoas admiráveis, mensageiros da alegria, capazes de enganar os nossos olhos e sentidos levando-nos aos sonhos e à alegria.
Ao contrário, o ilusionista farsante da política é o mais pernicioso dos prestidigitadores. Falseia a verdade na razão direta de suas necessidades e na razão inversa das necessidades de um povo sofrido e enganado há décadas.
Às vezes me pergunto: o que faz com que tanta gente, em países atrasados ou não, acreditem em escroques da verdade, mamulengos da honestidade que levam a miséria, a desgraca e a morte de tantos em todo mundo. Enumerá-los é cansativo. No entanto, não custa lembrar de Lenin, Stalin, Hitler, Mussolini, Péron, Fidel Castro, Hugo Chavez e Luis Inácio Lula da Silva.
Esse brasileiro, desde os anos setenta, ocasião em que conheci o Mágico Tihany, vem enganando sistematicamente uma legião de pobres diabos. Secundado por intelectuais de meia pataca, artistas oportunistas, sindicalistas pelegos e uma "vara" de puxa-sacos, o ilusionista de Garanhuns manipula fatos, posa de pobre e desvalido, de Robin Hood, de Salvador da Pátria e redentor do Brasil grande.
Escroque, patife e velhaco, Lula já fez menos pelo Brasil do que a maioria dos políticos desonestos que nos assolam há séculos. Um histrião do mal, messias de galinheiro, no qual o sucesso fátuo subiu à cabeça, tal qual as péssimas cachaças que bebia no seu breve tempo de torneiro mecânico.
Horário político
Já tivemos humoristas que diziam que a profissão está cada vez mais difícil em razão da concorrência desleal exercida pelos políticos. Verdade cristalina. Na semana passada fui surpreendido pelo horário eleitoral de um desconhecido PEN - Partido Ecológico Nacional. Ainda perturbado pela novidade, mais surpreendido fiquei ao ouvir dois de seus dirigentes. Um deles, de nome Paulo Marreca. Mais ecológico, impossível. O outro, de nome André Fufuca. Nome pornografico.
Outra novidade é o Partido da Mulher Brasileira. Só tem homens. Acho que as mulheres alugaram o nome ou desistiram no meio do caminho.
Marina Silva, o protótipo da mulher do Jeca Tatu, ex-ministra do meio ambiente de Lula, evangélica e comunista, articula a sua REDE de Sustentabilidade. Faz-se necessário saber que tipo de rede é essa. Se rede para pegar incautos, se rede de dormir ou rede para apanhar peixes. A explicar.
Temos também um partido chamado PROS. Calculo que sejam Pros para eles e contra os eleitores. A conferir.
Urtigão (desde 1943)