Urtigão: Diários de Bicicleta - 2a parte

Andei lendo um belo artigo da profa. Maria Helena Rubinato Rodrigues. Se não bastasse o excelente texto, limpo e fluido, a Profa. Maria Helena é tradutora, professora da UERJ, colabora no blog do Noblat e no “Chumbo Gordo de Carlos Brickman. Acharam muito?

Ela é filha do genial Adoniran Barbosa. Um prazer ler os seus textos, sempre inteligentes, com abordagem séria e uma bela pitada de humor.

Seu último texto que li discorria sobre a viagem de D. Dilma aos Estados Unidos, para falar na ONU (sem necessidade) pois a presença dela se limitaria a assinar o Tratado Sobre o Clima, com as resoluções da Conferência de Paris. Coisa que poderia ser feita pelo emb. Patriota, que vive em boas condições em Nova Iorque, com farta "entourrage", aliás , palavra talhada para diplomatas do "Circuito Elizabeth Arden". Enfim, lá se foi D. Dilma, no Aerolula, lotado de cumpanherus. Havia a promessa da Gerentona soltar os cachorros e dizer para todo mundo que havia sido vítima de um golpe parlamentar - modalidade nova na América Latina, onde tudo nada acontece.

A profa. Maria Helena chegou à brilhante conclusão que D. Dilma foi vítima, sim, de um golpe na cabeça, incidente que a deixou de miolo mole, pelas características inusitadas do tal golpe parlamentar.

Eu que não tenho o brilhantismo da filha de Adoniran, já tinha criado alternativas para D. Dilma, caso venha perder a Presidência.

No capítulo anterior, expus as minhas idéias e, no final, deixei em aberto a opção de ela fazer um périplo pela América do Sul e Caribe, à procura de apoio internacional "meia boca" para desfazer o golpe. Durante a longa viagem, aproveitaria para escrever "Os diários de bicicleta " a exemplo de seu ídolo Ernesto Guevara. 

Hoje ocorreu-me outra bela opção. Sair pelas Américas tocando bumbo, tal qual uma Mercedes Sosa rediviva. No mínimo teríamos uma nova péssima cantora e uma cavaleira de triste figura. Todos os latinos americanos iriam amaldiçoar o Brasil. Em última análise, poderia fazer dupla com José Pepe Mujica, que levaria a bicicleta no teto do Fusca. Seria a nova Caravana Rolidei. Pior do que isso, impossível. (Em língua diplomática, meia boca deve ser "demi bouche". É mais adequado .

Pergunta pertinente

Mal comentei ontem com o titular desse blog que havia algo de errado com a ciclovia do Rio de nome Tim Maia, pois com tal nome não seria qualquer marolinha que iria derrubá-la e já circulou pela internet a pergunta:

“Que Tim Maia é esse que não aguentou uma ressaca?

Urtigão (desde 1943)