Urtigão fala sobre Aragão, o Capitão de Curto Curso, e uma Colheita de Derrotas

Aragao "Farofa
O novo e já velho ministro da justiça, Eugênio Aragão entrou no time dos Aragão “farofa”. A exemplo do grande herói de Jorge Amado, o Comandante Vasco Moscoso de Aragão, intrépido Capitão de longo curso, o recém-nomeado e já defenestrado ministro, não deixou para a história sequer o benefício da dúvida, honra que coube ao seu homônimo. Para quem, com currículo de subprocurador geral da República, assumiu com todo o rompante de um trator, prometendo arrostar todos os contratempos e punir todos os vazamentos da PF com mão-de-ferro, vazamentos que ele prometia identificar somente pelo cheiro, o Aragãozinho Farofa, durou bem menos do que se supunha. Dizendo-se capaz de arrostar todas as procelas, de enfrentar com destemor o "siroco", o passat, o minuano e quantas tempestades houvesse.

O nosso douto Aragão, desapareceu num redemoinho doméstico, capaz de se formar em qualquer terreninho baldio, pé-de-vento tão mequetrefe que não seria capaz de esconder sequer um Saci Pererê alardeando o seu faro exemplar, confundiu respeito às leis com sabujice e se perdeu no mau cheiro do Planalto. Intoxicou-se de catinga, parte dela causada por ele mesmo, é alguma coisa deixada pelo seu antecessor, aquele que atendia pela sigla WC. Qualquer semelhança não é mera coincidência. Quem nasce para comandante com carta de mestre arrais de rio, nunca chega a capitão de longo curso. Este governo, já na hora da "xepa" está se esmerando em trapalhadas e cagadas. Ainda bem que a alcateia de vagabundos está a questão de horas!!!!!!!!

A Colheita de Derrotas

Ontem teve reunião da Comissão Especial do impeachment e hoje a queda do Aragão Farofa. Até o fim da semana teremos votação do processo na Câmara e, mais uns dias, derrota no Senado. Enquanto isso, o verdadeiro Almirante, o juiz Sérgio Moro singra os mares do Brasil com maestria, cartas de navegação precisas e a certeza de levar-nos a bom porto. Nada de aventuras, de manobras arriscadas e tampouco aventuras de corsário.

Os bucaneiros da Senhora Rousseff batem cabeças, rasgam velas, quebram lemes e navegam celeremente para o naufrágio. Cabe-nos pensar: o que nos faltava para combater de maneira eficaz esses celerados. Pouca coisa: respeito à lei a à ordem, uma equipe dedelegados, procuradores e juízes capazes de seguir a lei como manda o figurino, contra a verdade, a boa investigação, o respeito à coisa pública e a vontade de trabalhar. Pouco se pode fazer em sentido contrário. Contra os Barba-roxa, os Villegaignon, os Leclerc e outros bucaneiros, não precisamos de Lorde Nelson. Nos basta um bom comandante de contratorpedeiro honesto e com conhecimento de navegação formado nos bancos escolares nas intermináveis batalhas navais travadas em folhas de caderno.

Urtigão (desde 1943)