Precisava ter muita coragem para, alí ajoelhado, sussurrar com voz embargada e expor a miséria individual de pecados variados, embora repetidos mensalmente.
Significava uma espécie de tortura comum aos tempos medievais que, mesmo na modernidade, parece ainda não ter sido totalmente apagada.
Como é triste remoer memórias do velho confessionário e como doía soltar verdades para ganhar a absolvição.
Em compensação, ao colocar os pés na rua da realidade a alma parecia em festa e o coração a gargalhar…
As confissões, no fundo, nos deixavam diminuidos, fragéis, tontos como se fôssemos os maiores canalhas do mundo, torturados como se tivéssemos passado pelo velho choque elétrico dos primórdios da psiquiatria.
Até que veio a psicanálise, principalmente a de grupo, que também exigia coragem para revelar diante dos outros o que causava vergonha até em santo de pedra.
De todo jeito é sempre demorado o expurgo dos males da alma.
Assemelha-se ao tortuoso trabalho do caminhão que apanha nosso lixo diário na porta dos edifícios depois do entardecer para que não fique atravancando o trânsito alucinado do dia que já acabou.
Ainda bem que o tempo passou e hoje podemos assistir a revolução dos sistemas de produção e dos avanços da tecnologia.
Ao fim e ao cabo, o objetivo é colocar o mundo em novo patamar e reduzir o lixo moral à insignificância, se possível bem depressa para abrir novos horizontes aos humanos racionais e de bom coração.
Só que é bom ficar com o pé atrás pois de boas intenções, como dizem, o inferno está repleto.
Embora assegurem que lá nas profundas já se pode contar com avançada aparelhagem de ar condicionado.
Significava uma espécie de tortura comum aos tempos medievais que, mesmo na modernidade, parece ainda não ter sido totalmente apagada.
Como é triste remoer memórias do velho confessionário e como doía soltar verdades para ganhar a absolvição.
Em compensação, ao colocar os pés na rua da realidade a alma parecia em festa e o coração a gargalhar…
As confissões, no fundo, nos deixavam diminuidos, fragéis, tontos como se fôssemos os maiores canalhas do mundo, torturados como se tivéssemos passado pelo velho choque elétrico dos primórdios da psiquiatria.
Até que veio a psicanálise, principalmente a de grupo, que também exigia coragem para revelar diante dos outros o que causava vergonha até em santo de pedra.
De todo jeito é sempre demorado o expurgo dos males da alma.
Assemelha-se ao tortuoso trabalho do caminhão que apanha nosso lixo diário na porta dos edifícios depois do entardecer para que não fique atravancando o trânsito alucinado do dia que já acabou.
Ainda bem que o tempo passou e hoje podemos assistir a revolução dos sistemas de produção e dos avanços da tecnologia.
Ao fim e ao cabo, o objetivo é colocar o mundo em novo patamar e reduzir o lixo moral à insignificância, se possível bem depressa para abrir novos horizontes aos humanos racionais e de bom coração.
Só que é bom ficar com o pé atrás pois de boas intenções, como dizem, o inferno está repleto.
Embora assegurem que lá nas profundas já se pode contar com avançada aparelhagem de ar condicionado.