Urtigão faz Reflexão sobre os Ridículos Ritos Pré-Impeachment: Cabelos Tintos

Algo que sempre me intrigou nos políticos e nos velhos que se dizem "tios" de modelos e manequins são os cabelos tintos. Existe também uma outra categoria de cabelos pintados, esses representados por "cartolas" de entidades futebolísticas de países do terceiro mundo. Esses eu deixo para serem descritos pelo titular do blog que, além de jornalista brilhante, é entendido como poucos do nobre esporte bretão .

Políticos, provincianos ou não, não envelhecem e poucos ficam doentes. Quando ficam doentes, morrem de repente, de coração ou de burrice. Aliás, as duas "causa mortis" podem ser traduzidas por burrice. Nada mais fácil de prevenir do que as doenças de coração. A idade dos políticos é um problema sério. Há muitos anos apareceu na Romênia (terra do Drácula ) e de seres imortais, uma certa Dra. Ana Aslan, que prometia juventude eterna. Enganou muita gente, inclusive o "imortal Juan Domingo Peron, com promessas de juventude eterna à base de um monte de besteiras que incluía desde leite de cabras a placentas de ovelhas, para criar máscaras de tratamento de pele. Criava sim, máscaras de quase zumbis a governar países de segunda classe.

No Brasil, principalmente em Brasília, as pseudo-máscaras de juventude são uma constante. Em homens e mulheres. Nos homens, em ridículas cabeleiras, de cabelos implantados e de inacreditáveis penteados à moda de Donald Trump, no estilo tomar emprestado. Deixa-se crescer na nuca e nas laterais e jogam para a frente. O perigo é um vento desfavorável a destampar lustrosas carecas.

As tinturas são insuperáveis. Variam do negro “asa de graúna, passando pelo acaju planalto, vermelho lama de Mariana e azulados à moda de um saudoso ministro de Tancredo Neves, cor já experimentada por José Sarney, antes de ser imortal.

Na segunda-feira, o Brasil se viu surpreso e boquiaberto com um novo personagem de cabelos impecavelmente tintos. Cabelos e bigode. Um obscuro deputado federal de nome Waldyr Maranhão , vindo do Estado do mesmo nome. Surpreendeu o País . Não pela sua cabeleira, negra e lustrosa como asa de barata. Surpreendeu o Brasil, ao tentar com um golpe de terceira classe, urdido em companhia do governador Flávio Dino (do Maranhão) e do AGU, José Eduardo Martins Teixeira (de cabelos pintados) revogar todo o processo de tramitação do impeachment de Dilma Rousseff. Golpe sujo, mal urdido e mal executado .

Um fiasco. Totalmente desmontado de forma enérgica e eficaz por outro político de madeixas bem implantadas e pintadas. Renan Calheiros pelo menos uma vez, deu dignidade a cabelos tintos. E o senhor Maranhão, passa para a história, como um dos mais ridículos políticos já vistos. Cabelos tintos como a cor da "obrada " que aprontou.

Urtigão (desde 1943)