Urtigão: Furo de Reportagem sobre Roubalheira na África

Sempre soube cultivar boas fontes. A partir de coisas publicadas neste blog, chegam até a mim boas histórias que lançam luzes sobre muitas coisas malfeitas nos treze anos de governo petista.

Vamos a uma delas.

Sempre me causou espécie a prodigalidade de Lula e seus comparsas em perdoar dívidas de países da África, da América do Sul e Central, principalmente aqueles governados por ditadores eternos e sanguinários, de preferência com simpatia por Marx, Engels e outros menos cotados.

A razão é simples: se o país e devedor, não pode receber empréstimo do BNDES e tampouco do tesouro. Se não deve mais, o cadastro está limpo e tome dinheiro para obras feitas por empreiteiras brasileiras. Daí a cornucópia de dinheiro gasto com governos da simpatia dos Petralhas, sobretudo aqueles acostumados a receber e pagar propinas. Jogo de compadres, sem erro de perder.

A minha fonte contou-me a seguinte história: conheceu na África um executivo português, bem lusitano, que tocava obras para uma construtora portuguesa comprada pela Andrade Gutierrez.

Esta empresa, toca obras para AG em toda a África.

Segundo ele, o melhor país para se trabalhar é Angola. Licitações fáceis de ganhar, preços estratosféricos, pouca burocracia e facilidade para receber. Além disso, sempre passível de aditivos muito rendosos. Deu-me um exemplo: contrata-se 100 quilômetros de estrada. Começada a obra, depois de alguns quilômetros topa-se com terreno minado, coisa comum por lá, herança maldita da guerra civil que deixou milhares de mutilados.

Terreno minado é coisa para especialista. Exige sapadores. Exige também aditivo. Feito o aditivo que dobra o preço da obra, contrata-se na África do Sul uma empresa especializada em remover minas. Paga-se a ela 10 por cento do valor do aditivo. Levando-se em conta que a teta é farta, acrescenta-se mais 30 quilômetros de asfalto e tome mais aditivo. Melhor trabalho não há. Feita a obra, dinheiro garantido pelo governo local que já pegou a grana do BNDES. A construtora já foi para lá, com equipamentos financiados pelo banco. Não tem erro. Como dizia meu velho pai: é macuco no embornal.

Segundo a minha fonte, extremamente confiável trabalhar em certos países rende três vezes mais do que trabalhar no Brasil.

E olhem que aqui já é um maná.

Tenho outras histórias e depois publicaremos. Da Argélia, e da Venezuela. E com elas, muitas contas e fartas propinas para financiar projetos criminosos de poder aqui e além mar.

Que Deus nos acuda.

Urtigão (desde 1943)