Urtigão: História Real e Irreal Ccontecida na Venezuela

A Venezuela, pátria de Hugo Chavez, morto de câncer que tentou curar com médicos cubanos, há muito se tornou um país irreal.

Nada mais parecido com o realismo fantástico de Garcia Marquez, Jorge Luiz Borges e Mario Vargas Llosa. Irrealidade que beira à loucura e seria motivo de galhofa se não fosse trágica.

Chavez morto, reencarnou em um passarinho e às vezes aparecia para seu sucessor Nicolas Maduro, que fazia força para se parecer com o Comandante morto. Inútil: Chavez era único, como única é a América Latina como um todo, com vários países, de maior ou menor expressão, mergulhados em um clima de dramalhão.

Basta dizer que inventaram o bolero e, como se não bastasse, a Argentina e o Uruguai criaram o tango. Uma região dramática, de triste sina e de heróis farsescos.

Abaixo do Rio Grande até a Patagônia, drama, paixão e aventuras militares que sempre caem nas costas do povo sofrido.

Narro um diálogo de um especialista brasileiro, contratado para corrigir deficiências e erros num perímetro de irrigação na cidade de El Tigre, concebido por Chavez e que recebeu o nome de “Abreu e Lima”, o mesmo nome da malfadada refinaria projetada e "meio" construída em Pernambuco. Projeto de sociedade do Brasil e Venezuela, sociedade da Petrobras e da PDVSA, lançada com pompa e circunstância por Lula, Chavez e Eduardo Campos. Dois deles já foram prestar contas ao diabo. Falta Lula.

A conta, astronômica, ficou para nós brasileiros, pois Venezuela como sócia entrou com "o instrumento". O Brasil, como o "poço " e o lubrificante.

Voltemos a El Tigre. Segundo o especialista, arranjaram para ele um hotel bonzinho. Tinha até papel higiênico. Um luxo no país bolivariano. Hora do jantar e ocorre o seguinte diálogo com o garçon:

- Por favor, traga-me o cardápio.
- Do cardápio, temos poucas coisas. O melhor é conversarmos para ver o que pode ser servido – diz o garçon.
- Bom, eu queria arroz, feijão, batatas e um filé mignon.
- Senhor, arroz não temos e tampouco feijão.
- Então, pode ser um filé com batatas.
- Batatas também não temos; pode ser legumes?
- Sim. Pode ser um filé com legumes, mas quais são eles?
- Sim, legumes........ chuchu e cenouras....
- Está bem. Pode ser filé, cenouras e chuchu.
- Também não temos o filé. Pode ser frango?
- Se não tem outra opção, que venha o frango. Para beber, uma cerveja long neck gelada.
- Senhor, não aconselho a cerveja. Só temos duas no estoque, estão quentes e custam dez dólares a unidade. Pode ser um rum cubano?
- Que venha o rum cubano e uma coca-cola.
- Coca-cola não temos. Posso trazer uma soda?

Enfim, terminado o pedido. A refeição foi servida conforme o descrito.

Esta é a Venezuela, pátria do socialismo bolivariano, admirado por Lula, por Rafael Corrêa, Cristina Kirchner, Evo Morales, Michele Bachelet e outros menos cotados.

(Nota: José Ignácio de Abreu e Lima Mello, militar brasileiro, filho natural de um padre executado por ordem de D. João VI em 1817, por participação no movimento de nome Confederação do Equador, saiu do Brasil e lutou ao lado de Simon Bolívar pela independência da Gran Colômbia (Venezuela, Colômbia, Equador e Panamá.) Foi elevado a general do exército da Bolívar e herói na Venezuela. Infelizmente, tornou o símbolo de um baita prejuízo e roubalheira na Petrobras)


Notas:

1) O projeto citado na história real acima foi tocado pela Odebrecht. Um milhão de dólares por mês, só para a operação. O custo de projeto e equipamentos foi imenso. Tudo virou sucata. Bombas, dutos, automação, pivôs etc, etc.

2) A notícia vem da Bélgica. Pesquisadores da Universidade de Ghent, descobriram uma fórmula barata de transformar urina em água potável. Os resíduos também são aproveitados. Viram fertilizantes. E tem mais: a água assim obtida é recomendado para cervejarias. Nada mais lógico. Uma fórmula moderna da citação bíblica: "Tu és pó e ao pó voltaras".

3) Isso me lembra algo acontecido com um amigo há muitos anos. Estudante em Viçosa, ele tinha de pernoitar em Ponte Nova, para prosseguir viagem. Pernoite curto, de três horas, que não merecia hotel para tão pouca cama. Melhor ir para a zona boêmia. Bem tarde da noite, quase mulher nenhuma. Por fim, encontrou uma disponível. Combinado o preço, entrou no quarto. Tempo em que a higiene vaginal era feita por meio de uma pequena bacia que ficava debaixo da cama. A sua companhia tirou a roupa, puxou a bacia e urinou à vontade. Depois passou a lavar a “perseguida”. Meu amigo indagou a respeito da higiene inusitada. Resposta da mulher: “Liga não, bem. É pura Brahma!

Pensando bem, estava se antecipando a descoberta dos belgas.