Já perdi a conta de quantos anos eu assisto o programa "Roda Viva" na TV Cultura de São Paulo. Em tempos de internet escassa, comprei vários cassetes de programas que eu perdia e queria ver.
É o mais completo painel da política brasileira e, certamente, ao lado do GloboNews Painel, de William Waack, o "crème de la crème" do jornalismo de debates da TV em nosso País.
Infelizmente, alguns apresentadores passaram por lá e não deixaram saudades. Dentre eles, cito Paulo Markun e Mario Sergio Conti. Deixavam a cor política transparecer e privilegiavam entrevistados de esquerda. De Conti eu não perdôo ter perdido tempo com Pablo Capilé e seu coletivo fora do eixo. Uma pena, gastar boa cera com mau defunto.
Sob o comando de Augusto Nunes, antigo conhecedor da "roda" e do bom jornalismo, as coisas voltaram ao seu lugar.
Assisti atento a entrevista de Rodrigo Maia, novo presidente da Câmara dos Deputados. Foi espremido até o bagaço por gente de Veja, Isto é, Época, Folha de São Paulo e Estadão. Saiu-se muito bem, apesar de ser visivelmente nervoso e tímido ao extremo. Não deixou nenhuma pergunta sem resposta, apesar da inquisição ao seu redor.
Com exceção de Augusto Nunes e José Nêummane, mais simpáticos à política de direita liberal, todos os outros ainda carregam no lombo o ranço esquerdista que sempre contaminou a imprensa brasileira, desde muito tempo. Um deles, do qual não lembro o nome e tampouco o veículo, não deixou passar em branco. Perguntou na "lata" se o novo presidente era de direita.
Levou um susto ao ser respondido que sim, que ele Rodrigo se considera de direita e que o seu partido,pode ser considerado como um representante da direita. O inquisidor não se deu por satisfeito. Perguntou se o deputado era contra o casamento gay, a legalização da maconha e o aborto. Foi respondido também na "lata". Rodrigo Maia se declarou contra o casamento gay, contra a legalização da maconha e quanto ao aborto, disse que o que já existe na lei patrícia, ele considera suficiente.
Creio que o jornalista ficou frustrado. Talvez esperasse evasivas tucanas ou louvações aos temas tão caros aos progressistas.
Daí cabe perguntar: é proibido ser da direita no Brasil? É proibido ser contra o casamento gay? É proibido ser contra a legalização da maconha?
Por ser um homem público, o deputado não é obrigado a abraçar teses que não lhe são caras e tampouco são relevantes ao ponto de serem elevadas a primeira grandeza.
Outras questões muito mais importantes estão na pauta do Legislativo e devem ser consideradas com prioridade. Foi isso que disse o deputado. Não fugiu da raia e se desgostou parte da roda e da audiência o fez com convicção e sem meias palavras. Chega de "muro" e evasivas.
Como se definiu o novo presidente, ele é um parlamentar confiável, que não falta com a palavra empenhada e tampouco foge de suas convicções. Aos simpatizantes da esquerda, recomendo a leitura da excelente resenha de Eduardo Wolf, na Veja, sobre a obra de Raimond Aron, intitulada "O ópio dos intelectuais". O título da resenha é irrepreensível: "A fé no erro". É um libelo contra os intelectuais de esquerda que teimavam e ainda teimam em defender o marxismo e a crença de que a doutrina supera todos os erros, atrocidades e os fatos. Está à venda nas boas livrarias.
Notas:
1) Li que em próximas colaborações de empreiteiros, será desnudado o esquema que foi capitaneado por Márcio Thomaz Bastos quando Ministro da Justiça e senhor todo poderoso da Polícia Federal. Alguma coisa sobre esse esquema aparece no livro do Tuminha "Assassinato de Reputações". A PF era o braço armado do ministro para intimidar empresários e conseguir doadores para o projeto criminoso de poder. Vamos aguardar.
2) Aliás, foi em um Roda Viva que entrevistava o falecido ministro Paulo Brossard, já aposentado, tanto como Ministro da Justiça e também do STF que Reinaldo de Oliveira lhe perguntou se era de propósito o governo Lula ter um ministro da justiça como Márcio Thomaz Bastos, um renomado criminalista, quando a tradição colocava no ministério mais antigo da República sempre um Constitucionalista. Pergunta sutil que ficou sem resposta na época e hoje está respondida em sua totalidade, sem meio termo.
Urtigão (desde 1943)
É o mais completo painel da política brasileira e, certamente, ao lado do GloboNews Painel, de William Waack, o "crème de la crème" do jornalismo de debates da TV em nosso País.
Infelizmente, alguns apresentadores passaram por lá e não deixaram saudades. Dentre eles, cito Paulo Markun e Mario Sergio Conti. Deixavam a cor política transparecer e privilegiavam entrevistados de esquerda. De Conti eu não perdôo ter perdido tempo com Pablo Capilé e seu coletivo fora do eixo. Uma pena, gastar boa cera com mau defunto.
Sob o comando de Augusto Nunes, antigo conhecedor da "roda" e do bom jornalismo, as coisas voltaram ao seu lugar.
Assisti atento a entrevista de Rodrigo Maia, novo presidente da Câmara dos Deputados. Foi espremido até o bagaço por gente de Veja, Isto é, Época, Folha de São Paulo e Estadão. Saiu-se muito bem, apesar de ser visivelmente nervoso e tímido ao extremo. Não deixou nenhuma pergunta sem resposta, apesar da inquisição ao seu redor.
Com exceção de Augusto Nunes e José Nêummane, mais simpáticos à política de direita liberal, todos os outros ainda carregam no lombo o ranço esquerdista que sempre contaminou a imprensa brasileira, desde muito tempo. Um deles, do qual não lembro o nome e tampouco o veículo, não deixou passar em branco. Perguntou na "lata" se o novo presidente era de direita.
Levou um susto ao ser respondido que sim, que ele Rodrigo se considera de direita e que o seu partido,pode ser considerado como um representante da direita. O inquisidor não se deu por satisfeito. Perguntou se o deputado era contra o casamento gay, a legalização da maconha e o aborto. Foi respondido também na "lata". Rodrigo Maia se declarou contra o casamento gay, contra a legalização da maconha e quanto ao aborto, disse que o que já existe na lei patrícia, ele considera suficiente.
Creio que o jornalista ficou frustrado. Talvez esperasse evasivas tucanas ou louvações aos temas tão caros aos progressistas.
Daí cabe perguntar: é proibido ser da direita no Brasil? É proibido ser contra o casamento gay? É proibido ser contra a legalização da maconha?
Por ser um homem público, o deputado não é obrigado a abraçar teses que não lhe são caras e tampouco são relevantes ao ponto de serem elevadas a primeira grandeza.
Outras questões muito mais importantes estão na pauta do Legislativo e devem ser consideradas com prioridade. Foi isso que disse o deputado. Não fugiu da raia e se desgostou parte da roda e da audiência o fez com convicção e sem meias palavras. Chega de "muro" e evasivas.
Como se definiu o novo presidente, ele é um parlamentar confiável, que não falta com a palavra empenhada e tampouco foge de suas convicções. Aos simpatizantes da esquerda, recomendo a leitura da excelente resenha de Eduardo Wolf, na Veja, sobre a obra de Raimond Aron, intitulada "O ópio dos intelectuais". O título da resenha é irrepreensível: "A fé no erro". É um libelo contra os intelectuais de esquerda que teimavam e ainda teimam em defender o marxismo e a crença de que a doutrina supera todos os erros, atrocidades e os fatos. Está à venda nas boas livrarias.
Notas:
1) Li que em próximas colaborações de empreiteiros, será desnudado o esquema que foi capitaneado por Márcio Thomaz Bastos quando Ministro da Justiça e senhor todo poderoso da Polícia Federal. Alguma coisa sobre esse esquema aparece no livro do Tuminha "Assassinato de Reputações". A PF era o braço armado do ministro para intimidar empresários e conseguir doadores para o projeto criminoso de poder. Vamos aguardar.
2) Aliás, foi em um Roda Viva que entrevistava o falecido ministro Paulo Brossard, já aposentado, tanto como Ministro da Justiça e também do STF que Reinaldo de Oliveira lhe perguntou se era de propósito o governo Lula ter um ministro da justiça como Márcio Thomaz Bastos, um renomado criminalista, quando a tradição colocava no ministério mais antigo da República sempre um Constitucionalista. Pergunta sutil que ficou sem resposta na época e hoje está respondida em sua totalidade, sem meio termo.
Urtigão (desde 1943)