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| UFV em 1970 |
A hoje Universidade Federal de Viçosa, foi criada por Arthur da Silva Bernardes em 1922, quando governador de Minas. Foi inaugurada em 1926, pelo mesmo Bernardes, então presidente da república.
Para a implantação da escola, contou com ajuda do agrônomo americano Peter Henry Rolfs, que já havia sido responsável pelo Depto. de Agricultura da Florida.
A escola foi moldada nos moldes americanos e uma das poucas no Brasil que dava toda condição aos alunos para os estudos. Aulas de manhã e de tarde, laboratórios, máquinas agrícolas, produção de frutas, hortaliças, legumes, leite, ovos, carne de porco, grãos. Produzia quase tudo necessário para o consumo de alunos e professores.
Tinha alojamentos confortáveis para os alunos e casas em terreno da universidade para os professores. Prática de esportes, amplos refeitórios, atividades extra-curriculares tais como incentivo à representações teatrais e outras coisas comuns nos campus dos USA.
Foi uma das mais importantes do Brasil, ao lado da Esalq de Piracicaba em São Paulo. Viçosa só tinha um defeito. Uma carência enorme de mulheres.
Os cursos de agronomia, tanto técnico quanto superior e veterinária eram reinos masculinos. Tinha cursos para mulheres, de economia rural e coisas afins. Eram chamadas de "pica couve".
A comida era farta e de boa qualidade. Basta dizer que aos domingos, servia-se meio frango para cada aluno. Regime de bandejão, com repetição a vontade, sem balança!!!!
Nos alojamentos com quartos amplos e ventilados, os estudantes moravam em dupla. Os banheiros eram coletivos, sempre no fim dos corredores. Tudo arejado, limpo e asseado. E mais: Tudo de graça. Não se pagava para estudar, para comer e tampouco para morar. Uma beleza.
Um dia qualquer, pela manhã, um dos estudantes que morava na 3a. secção, um dos alojamentos, deu o alarme. Algo inusitado em uma das privadas. Uma bosta descomunal.
Coisa única. Nos termos da época, tinha o diâmetro de uma garrafa de Cinzano e mais ou menos quinze centímetros de comprimento. Altaneira, mal cabia no vaso sanitário.
A comida era farta e de boa qualidade. Basta dizer que aos domingos, servia-se meio frango para cada aluno. Regime de bandejão, com repetição a vontade, sem balança!!!!
Nos alojamentos com quartos amplos e ventilados, os estudantes moravam em dupla. Os banheiros eram coletivos, sempre no fim dos corredores. Tudo arejado, limpo e asseado. E mais: Tudo de graça. Não se pagava para estudar, para comer e tampouco para morar. Uma beleza.
Um dia qualquer, pela manhã, um dos estudantes que morava na 3a. secção, um dos alojamentos, deu o alarme. Algo inusitado em uma das privadas. Uma bosta descomunal.
Coisa única. Nos termos da época, tinha o diâmetro de uma garrafa de Cinzano e mais ou menos quinze centímetros de comprimento. Altaneira, mal cabia no vaso sanitário.
Dado o alarme, dada também uma ordem imediata: nada de faxina e tampouco de descarga. Algo tão raro merecia ser preservado. Um troféu a ser defendido com unhas e dentes. Destacaram um dos moradores para vigia, com turnos de oito horas, com folga apenas para as refeições. Segunda providência: arranjar uma máquina fotográfica emprestada e se necessário ir a cidade para trazer um fotógrafo para registrar o fenômeno. As máquinas de tirar retrato eram raras e caras. Terceira providência: divulgar o fato por todo o campus e ordenar a visitação, com entrada mediante o pagamento de ingresso.
A notícia se espalhou como fogo em pasto seco de agosto. Filas quilométricas, salas de aula vazias e a estudantada toda em ordem e respeito para presenciar tamanha bosta.
De imediato arranjaram um gordo e corpulento para ser o dono da façanha. De imediato a paternidade foi recusada. Ficou puto. Queria brigar. Não admitia ser o dono de tão admirada obra. Naquele tempo não havia bullying e tampouco o politicamente correto. Ficou com a paternidade do "estrume", querendo ou não.
A notícia se espalhou como fogo em pasto seco de agosto. Filas quilométricas, salas de aula vazias e a estudantada toda em ordem e respeito para presenciar tamanha bosta.
De imediato arranjaram um gordo e corpulento para ser o dono da façanha. De imediato a paternidade foi recusada. Ficou puto. Queria brigar. Não admitia ser o dono de tão admirada obra. Naquele tempo não havia bullying e tampouco o politicamente correto. Ficou com a paternidade do "estrume", querendo ou não.
Contrariando as normas da escola, as "Pica couve" foram convidadas a presenciar a descoberta histórica, mediante o pagamento de meia entrada. Uma apoteose. Primeira vez que as mulheres tinham acesso ao alojamento masculino. Tanto alvoroço, durante três dias, despertou a direção da escola.
Descoberta a razão de tamanha romaria, mandaram destruir o "colosso". Deu trabalho, depois de três dias, sem descarga, tinha secado e endurecido. Foi preciso quebrar com o cabo de vassoura e ser descarregada aos poucos.
Um gasto excessivo de água, desinfetante e um bom lucro para os moradores da 3a. Secção, aquinhoados com o presente e com a venda de ingressos.
Fico imaginando se fosse nos dias atuais. Estaria no livro dos recordes, selfies de toda a maneira, redes sociais, Instagram e virais na internet.
Urtigão (desde 1943)
Fico imaginando se fosse nos dias atuais. Estaria no livro dos recordes, selfies de toda a maneira, redes sociais, Instagram e virais na internet.
Urtigão (desde 1943)