Sobre a Nova Tendência de Escolha do Prêmio Nobel de Literatura

Sempre tive imensa dificuldade para aprender Inglês, apesar de várias tentativas em escolas próprias para isso.

Uma última tentativa até deu esperança de uma evolução, mas chegara a um limite e desisti.

Da mesma forma nunca me interessei pela música a não ser a brasileira e a os bons tempos da música americana.

O rock e que tais sempre me irritaram, viciado que sempre fui pela música brasileira de Noel Rosa até Tom Jobim.

Parei aí, apesar de capengar no violão e chegar a gravar um disco com minhas composições.

Bob Dylan, por exemplo, nunca esteve em meu mapa musical e, apesar de respeitar o que li sobre a força de seus versos que lhe garantiram o Nobel de Literatura, fico com a impressão de que, afinal, a Literatura anda em terrível baixa.

Sem desmerecer a conquista do compositor musical, parece-me existir uma terrível distância entre a obra dele e a de um William Faulkner em suas narrativas, quantas delas difíceis de destrinchar, mas de uma força avassaladora na defesa dos negros do Sul dos Estados Unidos e no ataque às loucuras humanas, sempre com seu estilo inigualável.

A Academia, certamente, optou por uma nova tendência de sua escolha sobre quem deve ganhar o Nobel.

Vivemos em um mundo em ebulição constante.

Se é uma boa alternativa para as novas gerações, tudo bem que o Nobel tenha sido para Dylan.

Infelizmente, permaneço com os pés fincados no passado e com um olhar ao mesmo tempo incrédulo mas de expectativa quanto ao futuro.


Mário Ribeiro