Tocante sob todos aspectos a série de reportagens de Luís Ribeiro (nenhum parentesco comigo), publicadas no “Estado de Minas” sobre a “Morte da Vereda”, em que são feitas denúncias sobre a calamidade ambiental que ocorreram por onde passou Guimarães Rosa e o inspirou a escrever “Grande Sertão Veredas”, uma das maiores - talvez a maior - obras-primas da nossa literatura.
Os personagens de Rosa, como Riobaldo, Diadorim, Medeiro Vaz, Zé Bebelo e tantos outros, estavam sempre às voltas com as armações do Demo, dizendo que ele promovia suas maldades no meio do redemoinho próprio daquela região mineira.
Lendo a série, fica a impressão de que o diabo continua com uma gana ainda maior para promover suas safadezas e inconveniências naquele que já foi um paraíso ecológico que deveria ser cuidado com todo esmero.
Nesses tempos ditos de modernidade - mas que alguns consideram como “vanguarda do atraso”, fica claro que o Demo tem caprichado com mais empenho para destruir a todo custo o presente que a Natureza legou a nós e às futuras gerações.
A série de reportagens nos oferece a oportunidade para refletir, mesmo tardiamente, sobre que pode ser feito para preservar o que ainda resta da reserva ecológica dos Sertões e das Veredas de Guimarães, talvez única no mundo.
Que a série de reportagens consiga o milagre de sensibilizar nossos dirigentes para pôr em prática duras medidas de punição aos responsáveis pela tragédia ambiental embora fique a dúvida se ainda será possível consertar o que a ignorância, o desleixo e a avidez humanas praticaram.
Pior é a ironia do destino: como conseguem destruir matas, veredas, recantos, bichos e relíquias de uma terra que já foi cantada em versos e prosa como “abençoada por Deus e bonita por natureza”?
Os personagens de Rosa, como Riobaldo, Diadorim, Medeiro Vaz, Zé Bebelo e tantos outros, estavam sempre às voltas com as armações do Demo, dizendo que ele promovia suas maldades no meio do redemoinho próprio daquela região mineira.
Lendo a série, fica a impressão de que o diabo continua com uma gana ainda maior para promover suas safadezas e inconveniências naquele que já foi um paraíso ecológico que deveria ser cuidado com todo esmero.
Nesses tempos ditos de modernidade - mas que alguns consideram como “vanguarda do atraso”, fica claro que o Demo tem caprichado com mais empenho para destruir a todo custo o presente que a Natureza legou a nós e às futuras gerações.
A série de reportagens nos oferece a oportunidade para refletir, mesmo tardiamente, sobre que pode ser feito para preservar o que ainda resta da reserva ecológica dos Sertões e das Veredas de Guimarães, talvez única no mundo.
Que a série de reportagens consiga o milagre de sensibilizar nossos dirigentes para pôr em prática duras medidas de punição aos responsáveis pela tragédia ambiental embora fique a dúvida se ainda será possível consertar o que a ignorância, o desleixo e a avidez humanas praticaram.
Pior é a ironia do destino: como conseguem destruir matas, veredas, recantos, bichos e relíquias de uma terra que já foi cantada em versos e prosa como “abençoada por Deus e bonita por natureza”?
Mário Ribeiro