Urtigão e a Diferença entre os Cabrais

Cardiopada lutando para não viajar até Bangú...
Pedro Álvares Cabral, fidalgo português, homem da corte do rei D.Manoel I, era um homem honrado. O sobrenome que ele herdou do irmão mais velho (foi batizado Gouvea), ele soube carregar com dignidade. 

Por mais que os historiadores brasileiros quisessem denegri-lo com as teorias da "Descoberta por acaso" e o desvio de rota devido ao seu pouco conhecimento de navegação, nada prosperou. 

Nos nossos dias sabemos que o Comandante da Esquadra que aportou na costa da Bahia em 1500 e tomou posse das terras em nome da Coroa Portuguesa, sabia o que fazia. Nada de acaso, nada de desvio de rota. Cabral era um homem sério e levou a sério a missão que lhe foi confiada.

Quinhentos e dezesseis anos se passaram e peço a Deus e a Santo Antônio de Pádua que nada una o Cabral português ao Cabral carioca. 

Que Sérgio Cabral era pilantra, já sabíamos há muito tempo. A sua ligação com o empreiteiro Cavendish foi citada neste blog em postagem a respeito de um anel dado de presente a madame Adriana Anselmo.

Coisa de cinema. Comparada na Place de Cassino em Mônaco, na Van Cleef & Arpels, com nota fiscal em nome da construtora Delta que pertence ao empreiteiro de nome estrangeiro.

http://blogdomariobh.blogspot.com/2016/10/urtigao-e-mulher-de-dedos-fortes.html

Daí, de um anel de 800 mil reais ao pagamento de despesas de pouco mais de mil e setecentos reais de cachorro quente da festa de aniversário do filho com dinheiro de propina, a distância é enorme. Faz-me lembra de Roberto Jeferson ao chamar a caterva do PT e seus Ladrões de ratos magros. Não que faça diferença roubar uma galinha ou um Rolls Royce. Mas amesquinhar-se por despesas de cachorro quente e no meio da lambança colocar o filho, é muita desfaçatez.

Essa gente não tem medida. É incapaz de meter a mão no bolso e acha que tudo tem de ser pago com dinheiro alheio.

Que diferença do Cabral português para o Cabral carioca. O Cabral português era herdeiro de uma linhagem que remontava a milênios. 

O Cabral carioca, que deve ter herdado o sobrenome por acaso, em pouco tempo, enlameou o ilustre sobrenome. Enlamear é pouco. Jogou merda no nome da família e mais faria, se não tivesse sido recolhido ao presídio de Bangú.

Certamente terá um batalhão de bons advogados a recursar em seu favor. A exemplo de seu colega Garotinho, vai simular "angina pecoris", crise de pressão alta e outras "cositas"das quais José Genoíno era um craque. Sai da cadeia, sara de imediato.

Se pressão alta fosse habeas corpus, quarenta por cento da população brasileira não iria precisar de advogado. Entre tantos, podem incluir o autor dessas notas, cardiopata desde 1982 e mais vivo do que nunca.

Notas:

1) Vale lembrar que a Lava-jato cada vez chega mais perto de Minas Gerais. Nas prisões de hoje, consta o nome de um "laranja" de sobrenomes bem ilustres e caros aos mineiros. Magalhães Pinto Possas Gonçalves - junção de duas ilustres famílias das Alterosas.

2) Por falar em sobrenomes, vale lembrar que ao sair do PT, a Lava-jato deixa de lado os Silva e começa a apanhar gente de sobrenomes mais colunáveis. Aliás, o Rio de Janeiro está coalhado de gente tirada importante e preguiçosa, que sempre viveu de favores da Corte e do reflexo do sobrenome. Cadeia. Cabeça raspada, uniforme vermelho, quentinha e privada turca.


Urtigão (desde 1943)