 |
| Ouça a voz da experiência Michel... |
Caro Presidente Temer, se o senhor continuar a espalhar cascas de banana no seu caminho, fica difícil defendê-lo.
Até entendo a antipatia pelo velho ACM, babalorixá da política baiana. Afinal, ele se referia ao senhor como mordomo inglês.
Até aí nada demais.
Parecer com mordomo inglês é até honroso. Mas mordomo inglês culpado é duro. Coisas de Antônio Carlos Magalhães.
Se ele dizia isso do senhor, de Geddel ele dizia pior.
Dizia que Geddel tinha cara de “agatunado”. E olhe que de política da Bahia ele entendia como ninguém.
Reinou absoluto por meio século, sem contestações.
Uma pena, Presidente, cair numa esparrela tão rasteira.
Arriscar o pescoço por um homem que não tem currículo, tem folha corrida. Um político de nome esquisito, corruptela de Gedeão, que entre outros significados se traduz por matador. Envolvido em uma “pinimba” com um moço saído das hostes de Sérgio Cabral, oriundo do Itamaraty, escola de gente de espinha maleável feito massa plástica.
Até agora o rapaz de barba bem cuidada está bem na fita.
Derrubou um ministro, balançou outro e balançou também o Mordomo Inglês, Senhor Presidente: acreditar e se desgastar por um homem que tem letra dobrada no nome (lembre-se do Collor), que tem entre seus sobrenomes, Quadros, de tristes lembranças para todos os brasileiros e de folha corrida exemplar ao contrário.
Desde o início da carreira, ao atuar em uma corretora do Banco do Brasil, passando pela Companhia de Águas do Estado e chegando à Câmara Federal, com cinco mandatos consecutivos, ministro da Integração de Lula e, pasmem leitores, responsável pelas obras de transposição do Rio São Francisco, saindo do cargo sob acusação de favorecimento pessoal e de empreiteiras.
Assumiu a Secretaria da Presidência da República com o Presidente Temer. Querido pela base governamental, tido como interlocutor de deputados e senadores.
Deve fazer o mesmo com prefeitos, vereadores, coronéis e chefetes regionais. Conhecido por liberar grana de emendas parlamentares.
Como confiar num homem de nome estranho, envolvido no escândalo dos “Anões do Orçamento” junto com João Alves, o sortudo que ganhou na loteria cinquenta e seis vezes, um recorde mundial.
Seis ministros caídos em seis meses. Um por mês.
Desse jeito não dá, Presidente Temer!!!
Urtigão (desde 1943)