Diante de tantos prédios, muitos incrustados nos morros da região, comentamos sobre a ocupação despropositada do espaço, na região, por centenas de prédios.
Falamos também sobre a irresponsabilidade do poder público de liberar tantas construções sem atentar contra regras mínimas de ocupação do solo em local que exigiria um controle mais rígido.
A incidência de chuvas fortes nesse fim de ano já tinha sido prevista, mas nada certamente foi feito em termos de prevenção – se é que fosse possível evitar desastres decorrentes da chuvarada em local mal e porcamente ocupado por prédios e mais prédios.
Sim, há a superpopulação no mundo e parece não haver meios anticoncepcionais capazes de freiá-la em meio a uma liberalidade ilimitada vivida pela civilização.
Pior talvez seja a falta de bom senso, a corrupção para obtenção de alvarás de construção e o desprezo às normas de ocupação de espaço nas metrópoles cada vez populosas.
E quando a chuva chega forte, os corações aflitos dos moradores locais devem se perguntar se prédios do Buritis vão cair.
Como no filme de Fellini, …e la nave vá!
Mário Ribeiro