Clint e sua Garra - Crônica Jornal “Estado de Minas” - 22/12/2016 - Mário Ribeiro

Clint & Maryl - Pontes de Madison
Não há dúvida de que a carreira do cineasta e ator Clint Eastwood serve como estímulo para cada um buscar ao longo do tempo motivações para superar todo e qualquer presságio negativo em relação à idade avançada.

Com 86 anos, Clint acaba de lançar, como diretor, o filme “Sully – o Herói do Rio Hudson”, sobre a coragem de um piloto que, preparando-se para a aterrissagem, pássaros invadem os motores do avião e ele, sem outra alternativa, arrisca pousar nas águas do rio Hudson, em Nova Iorque.

Atuou como vilão ou herói em macarrônicos filmes do italiano Sergio Leone, distribuindo tiros em profusão, e até filmes de amor como “As pontes de Madison”, ao lado de Meryll Streap. São 48 filmes como ator, 33 como diretor e 28 como produtor - e até como simples coadjuvante de Richard Burton em “O Ninho das águias”.

Quem chega aos setenta anos pode usar a trajetória do grande ator e diretor como estímulo para continuar na luta pela vida, seja se aperfeiçoando em suas atividades, seja buscando alternativas de produção.

Como é bom aprender a tocar um instrumento ou tentar a pintura com pincéis ou canetas de várias cores, atuar em favor de instituições de caridade, de asilos, de hospitais de deficientes físicos ou mentais. Uma atividade produtiva gera a força interior que leva a pessoa em idade avançada a vitórias, mesmo pequenas, que dão novo sentido à vida.

Clint Westwood é exemplo para se levar à frente projetos audaciosos como o filme sobre o herói do rio Hudson.

PS: Incomodava durante a exibição do filme um jovem em frente acessar o celular para ver abobrinhas digitais. Perdeu um excelente filme por causa dessa obsessão moderna.



Mário Ribeiro