A Revista Piauí deste mês trouxe uma entrevista com o cartunista Jaguar. Ou melhor, Sérgio Magalhães Jaguaribe, um ex-pinguço, sujeito recaídas, quase sem memória e ajuntado com uma médica e professora universitária de nome Célia Regina Pierantoni.
Ele a descreve como uma mulher rígida e muito brava, capaz de fazer-lhe abster-se do álcool, por restrições de saúde. Dois AVCs e um câncer. Oitenta e quatro anos, quatro ou cinco uniões com mulheres diversas e uma união estável com os botecos do Rio de Janeiro e a dita inteligência carioca.
Também, com tantos anos de boteco, se não soubesse, seria uma nulidade.
Considero Jaguar, sua obra e todas as bobagens que disse e ainda continua dizendo, um mal desnecessário. Não fez bem ao Brasil, como também não fizeram seus colegas de bandalha do Pasquim.
Da Turma, só retiro Paulo Francis. Como sempre, o ex-comunista é aquele que leu e entendeu Marx e estava certo.
O segundo mal desnececessario?
É o álcool. Falo com conhecimento de causa. Sou alcoolista. Não bebo há quarenta e três anos.
Se não deixasse de beber teria morrido há muito anos. Não tenho nenhuma obra que se rivaliza com a obra de Jaguar. No entanto, tenho um histórico familiar muitas vezes melhor, motivo de orgulho. Pai e mãe de vida limpa e honesta, dois filhos ótimos e dois lindos netos.
Um só casamento de quarenta e um anos. Casei sóbrio e continuo.
Notas:
1) A atual mulher do Jaguar que está com ele desde 1989, é comunista. Em nome da causa fazem qualquer negócio.
2) Cancelar a assinatura de uma revista está se tornando um sacrifício. Tal e qual cancelar TV por assinatura, telefone e afins. Na hora de vender é uma beleza. Para cancelar, uma merda. Falo da Veja. A revista está ruim de doer. Antes era uma publicação. Hoje é um balcão de negócios. Leio na última edição que o seu chefão ganhou um prêmio pelas mudanças promovidas à frente da Abril. Para mim, nada de novo. Lembro-me que o modelo é o mesmo, com alguns acréscimos, que era praticado pela Reader's Digest. Que aliás, faliu.
Urtigão (desde 1943)
Ele a descreve como uma mulher rígida e muito brava, capaz de fazer-lhe abster-se do álcool, por restrições de saúde. Dois AVCs e um câncer. Oitenta e quatro anos, quatro ou cinco uniões com mulheres diversas e uma união estável com os botecos do Rio de Janeiro e a dita inteligência carioca.
A famosa esquerda escocesa, que se reunia em Ipanema e adjacências, resolvia todos os males do País em torno do copo, vivia das benesses de um emprego público (o próprio Jaguar foi funcionário do Banco do Brasil) e militavam na esquerda. Muitos foram fundadores do Pasquim e como perseguidos entre aspas pela Ditadura, fizeram jus a indenizações e salários mensais "Ad aeternum".
Muitos vão discordar do que ora escrevo mas, considerava e considero mais ainda, Jaguar e a bebida, dois males desnecessários.
Pela entrevista, a impressão que tinha do cartunista ficou mais evidente. É um devasso e devia ser um porco, sujo e mal cheiroso nos seus tempos de alcoolista. Não sei e não me interessa saber qual o tempo que dispensava ao trabalho mas tudo indica que era mínimo.
Muitos vão discordar do que ora escrevo mas, considerava e considero mais ainda, Jaguar e a bebida, dois males desnecessários.
Pela entrevista, a impressão que tinha do cartunista ficou mais evidente. É um devasso e devia ser um porco, sujo e mal cheiroso nos seus tempos de alcoolista. Não sei e não me interessa saber qual o tempo que dispensava ao trabalho mas tudo indica que era mínimo.
Seu currículo familiar é o pior possível. Pai alcoolista e funcionário do BB, mãe pianista e beberrona, irmão desgarrado da família, homossexual vitimado pela Aids aos quarenta anos. Dois filhos. A filha mais velha, da primeira união, teatrólogo a laureada que ele não vê há anos. O filho, esquizofrênico, morto aos quarenta anos por overdose em uma pensão em Natal.
Conta que bebeu a primeira caipirinha aos quinze anos, preparada por seu pai. Discordo, hoje ele tem oitenta e quatro anos. Nascido em trinta e dois, em quarenta e sete, esse drinque não era conhecido. Era tempo do vermute e olhe lá . Conta que a mãe gostava de uísque Drury''s. Fazendo as contas, dá para desconfiar. Na época esse uísque também não existia. Foi criado depois. Se julga um entendedor de bebidas e dá uma receita correta de Dry Martini.
Conta que bebeu a primeira caipirinha aos quinze anos, preparada por seu pai. Discordo, hoje ele tem oitenta e quatro anos. Nascido em trinta e dois, em quarenta e sete, esse drinque não era conhecido. Era tempo do vermute e olhe lá . Conta que a mãe gostava de uísque Drury''s. Fazendo as contas, dá para desconfiar. Na época esse uísque também não existia. Foi criado depois. Se julga um entendedor de bebidas e dá uma receita correta de Dry Martini.
Também, com tantos anos de boteco, se não soubesse, seria uma nulidade.
Considero Jaguar, sua obra e todas as bobagens que disse e ainda continua dizendo, um mal desnecessário. Não fez bem ao Brasil, como também não fizeram seus colegas de bandalha do Pasquim.
Da Turma, só retiro Paulo Francis. Como sempre, o ex-comunista é aquele que leu e entendeu Marx e estava certo.
O segundo mal desnececessario?
É o álcool. Falo com conhecimento de causa. Sou alcoolista. Não bebo há quarenta e três anos.
Se não deixasse de beber teria morrido há muito anos. Não tenho nenhuma obra que se rivaliza com a obra de Jaguar. No entanto, tenho um histórico familiar muitas vezes melhor, motivo de orgulho. Pai e mãe de vida limpa e honesta, dois filhos ótimos e dois lindos netos.
Um só casamento de quarenta e um anos. Casei sóbrio e continuo.
Notas:
1) A atual mulher do Jaguar que está com ele desde 1989, é comunista. Em nome da causa fazem qualquer negócio.
2) Cancelar a assinatura de uma revista está se tornando um sacrifício. Tal e qual cancelar TV por assinatura, telefone e afins. Na hora de vender é uma beleza. Para cancelar, uma merda. Falo da Veja. A revista está ruim de doer. Antes era uma publicação. Hoje é um balcão de negócios. Leio na última edição que o seu chefão ganhou um prêmio pelas mudanças promovidas à frente da Abril. Para mim, nada de novo. Lembro-me que o modelo é o mesmo, com alguns acréscimos, que era praticado pela Reader's Digest. Que aliás, faliu.
Urtigão (desde 1943)