Urtigão e o Grande Genocida: O Comunismo

A humanidade de tempos em tempos passa por períodos de grandes penúrias que dizimam partes significativas da população.

Pestes como a peste negra na Idade Média, que matou um terço de toda a população da Europa no século XIV.

Antes disso, as invasões bárbaras mataram muita gente. Muita gente foi morta em nome de religiões, vide cruzadas e outras guerras santas que não passavam de empreitadas comerciais em nome de senhores feudais.

Se recuarmos ainda mais na História, veremos que os gregos, sobretudo os de Esparta e de Tebas, mataram muita gente, assim como também os persas, os assírios, os babilônios, os caldeus, egípcios e outros povos da o antiguidade. Os romanos e suas conquistas fizeram o mesmo em nome de suas conquistas.

A história da raça humana é um matadouro, com sangue espalhado para todo lado. Se tal não bastasse, grandes fomes, doenças e grandes guerras se encarregaram de dar cabo de uma parcela imensa de homens mulheres e crianças, de todas as cores e raças, religião e localidade. Mortes sem sentido, sem motivo, se é que matar o semelhante, por pior que seja, possa ter motivo.

O século vinte é inigualável, campeão absoluto em morticínio de humanos. A gripe "Espanhola" se encarregou de matar 25 milhões de pessoas. A Primeira Grande Guerra matou cerca de 20 milhões. A Revolução Russa, aproximadamente cinco milhões (coloque na conta do comunismo).

Antes da Primeira Grande Guerra, o conflito entre Rússia e Japão matou cerca de dois milhões. A ascensão de Stalin, seus expurgos e movimentos de remoção de povos, sobretudo ucranianos, reforma agrária, desorganização da produção agrícola, fome, prisões arbitrárias, trabalhos forcados e outras barbaridades, mataram por baixo cerca de quarenta milhões de pessoas.

A China, desde a efêmera república de Sun Ia Tsen, entra em colapso interno e o Japão se aproveita para invadi-la.

Atrocidades e morticínios que se prolongam até o fim da Segunda Grande Guerra. Não se sabe o número exato de mortes. Passam de três milhões.

A luta interna na China entre comunistas e nacionalistas se intensifica e se prolonga até 1949 para deixar um saldo de cinco milhões de mortos. Ponha na conta do comunismo.

Lutas de conquista no território da Coréia, patrocinada pelo Japão. Número de mortos desconhecido.

Começa a Guerra Civil Espanhola. Por baixo, três milhões de mortos. Palco de ensaio para o conflito maior que viria em seguida: a Segunda Guerra Mundial se encarregou de dizimar 50 milhões de pessoas, doze milhões de judeus e vinte milhões de soviéticos.

Uma carnificina.

O comunismo e sua Internacional Comunista não descansam. Guerra na Indochina. Surra histórica nos franceses. Batalha de Diem Bin Fu. Número de mortos: desconhecido.

Nasce o vietcongue. Vietnã Comunista e Vietnã Capitalista. Dos anos cinquenta vamos aos anos sessenta e setenta. Envolvimento norte-americano cada vez maior. Vietnã unificado. Número total de mortos: quatro milhões.

Antes disso, de 1950 a 1953, tivemos a Guerra de Coréia que até hoje não acabou. Número de mortos: por baixo: dois milhões. Guerra no Camboja. Deposição de Norodon Sihanouk. Assume Pol Pot que matou um quinto da população. Nesse meio tempo, Mao Tsé Tung faz a sua Revolução Cultural e mata de fome milhões de pessoas na China. Tudo em nome do comunismo. O mundo gira e a Lusitana roda.

Guerras de libertação na África com milhares ou milhões de mortos. Comunismo em Angola. No Congo Brazzville, em Moçambique e na Ásia. Mortes no Laos. Carnificina na Indonésia de Sukarno e no Leste. Antes disso, esquecemos da independência da Índia, do Paquistão, de Bangladesh e de Sri Lanka, antigo Ceilão.

Onde não teve guerra, teve fome e doenças.

O comunismo não andou em poucos lugares.

Chegou às Américas. Cravou suas garras em Cuba e matou por baixo dezessete mil pessoas. Indiretamente matou muito mais. De fome, afogados e em fuga para os USA. Indiretamente matou no Brasil, matou no Chile, na Argentina, no Uruguai no Peru, na Nicarágua, em El Salvador e cinquenta mil na Colômbia. Continua matando na Venezuela.

Até quando essa ideologia idiota e sem sentido continuará fazendo vítimas inocentes?

Notas:

1) Coloquem na conta do comunismo as mortes no desastre do avião da LaMia perto de Medellin. Soube de fonte limpa que ocorreu na Bolivia o mesmo que aconteceu no Brasil. Lembram-se do acidente do avião da TAM em Congonhas. Naquela ocasião, toda ANAC, estava aparelhada pelo governo petista, incluindo uma diretora bonitona que fumava charutos e era amiga de José Dirceu - sempre ele!!!

2) Na Bolívia aconteceu o mesmo. A agência correspondente à ANAC deles foi totalmente aparelhada pelo "índio de araque" e cocalero de profissão, Evo Morales. Tirou os técnicos e colocou seus amiguinhos.

No dia do acidente, fez-se de desintendido e disse não saber que a tal LaMia tinha matrícula boliviana. Depois confessou que o diretor da LaMia tinha sido seu piloto. Debaixo desse angu tem muita carne.

3) Uma lágrima para Ferreira Gullar e uma vaia para o site de Veja. Colocou a notícia da morte do poeta, dramaturgo, crítico de arte, tradutor e ensaísta na secção “ entretenimento". Tenha dó. Colocar um homem da estatura de Ferreira Gullar ao lado de fofocas de artistas de TV, Valeskas, Anitas, e assemelhados é um acinte.

O único defeito de Ferreira Gular na minha opinião é ter sido batizado com o mesmo nome de José Sarney. Todos dois são de batismo, José de Ribamar. Nome comum no Maranhão.

Ferreira Gular foi militante comunista, preso e depois deixou a ideologia tacanha e a combateu. Homem lúcido e sofrido. Tinha dois filhos esquizofrênicos. Era defensor da volta dos manicômios para internação de certos tipos de portadores de doenças mentais.

Sabia o que dizia com conhecimento de causa.

No tocante ao comunismo, cabe-lhe como uma luva uma anedota que circulou na Rússia depois da dissolução da União Soviética:

“Comunista é aquele que leu Marx; ex-comunista e aquele que leu e entendeu".


Urtigão ( desde 1943)