Nos anos setenta e oitenta, quando trabalhava na hotelaria, fiz boas amizades. Umas das melhores foi com o pessoal da Cinzano, tradicional fabricante de bebidas da Itália. Amizade sadia e ajuda mútua. Eram pródigos em promoções e presentes. Eu, em contrapartida, jovem, cheio de vigor e de boas ideias, não refugava desafios.
Até voar de balão em Belo Horizonte eu topei.
O comando da Aeronautica não permitiu. Aprumamos o "bichão " em plena praça do Papa . No dia seguinte, na praca da Assembleia.
Um sucesso. Só não voou porque não deixaram.
Tenho fotos e posso provar. Dinheiro não tinha. Bebida para promoção, era só pedir.
Lembro-me que uma vez me disseram que houve uma grande sobra de confete, serpentina e ventarolas depois do carnaval.
Convidei o pessoal da Radio Del Rey para fazer um carnaval fora de época. Não toparam. Se topassem, teríamos inventado a micareta.
Entre as peças promocionais, camisetas, blusões, guarda-sóis , bonés, meias e outras peças vestiveis eram distribuídas as pamparras.
Em uma ocasião falei com o gerente nacional da empresa: porque não fazem cuecas? Assim deixo de comprar mais um item de vestuário.
Noutros tempos, somente quem estivesse "na tábua da beirada" aceitava vestir tabuletas e desfilar no centro de cidades grandes propagandeando este ou aquele produto ou serviço.
Hoje em dia, todos somos homens e mulheres-sanduíche. As etiquetas, que em outros tempos ficavam escondidas dentro da roupa, são cada vez mais salientes. Exibir a marca da roupa é necessário. Vestir camisas dos times favoritos, que antes eram obrigatórias nos dias de jogos, hoje é roupa do dia a dia.
As marcas estão a mostra até nos ternos. Nos tênis, nas solas dos sapatos, no monograma da camisa social e em todos os itens vestiveis. Estão também nos acessórios.
Os telefones celulares exibem as suas marcas. Se forem da maçã da variedade Macintosh, tanto melhor. Relógios, que antes alardeavam ser os menos espessos, hoje são largos e grandalhões para serem vistos e exibidos. Tão grandes que fazem inveja ao despertadores antigos.
E pensar que ninguém nos paga nada por isso. Muito pelo contrário. Todos os que se subjugam aos ditames da moda e dos modismos, pagam caro por isso. Modernos homens e mulheres sanduíches a vestir camisas Dolce & Gabana, Ermenegildo Zegna, tênis Adidas e mulheres do alto de Loboutins de sola vermelha, com bolsas Louis Vuitton, lenços Hermes e assemelhados. Todos a exibir etiquetas.
Até voar de balão em Belo Horizonte eu topei.
O comando da Aeronautica não permitiu. Aprumamos o "bichão " em plena praça do Papa . No dia seguinte, na praca da Assembleia.
Um sucesso. Só não voou porque não deixaram.
Tenho fotos e posso provar. Dinheiro não tinha. Bebida para promoção, era só pedir.
Lembro-me que uma vez me disseram que houve uma grande sobra de confete, serpentina e ventarolas depois do carnaval.
Convidei o pessoal da Radio Del Rey para fazer um carnaval fora de época. Não toparam. Se topassem, teríamos inventado a micareta.
Entre as peças promocionais, camisetas, blusões, guarda-sóis , bonés, meias e outras peças vestiveis eram distribuídas as pamparras.
Em uma ocasião falei com o gerente nacional da empresa: porque não fazem cuecas? Assim deixo de comprar mais um item de vestuário.
Noutros tempos, somente quem estivesse "na tábua da beirada" aceitava vestir tabuletas e desfilar no centro de cidades grandes propagandeando este ou aquele produto ou serviço.
Hoje em dia, todos somos homens e mulheres-sanduíche. As etiquetas, que em outros tempos ficavam escondidas dentro da roupa, são cada vez mais salientes. Exibir a marca da roupa é necessário. Vestir camisas dos times favoritos, que antes eram obrigatórias nos dias de jogos, hoje é roupa do dia a dia.
As marcas estão a mostra até nos ternos. Nos tênis, nas solas dos sapatos, no monograma da camisa social e em todos os itens vestiveis. Estão também nos acessórios.
Os telefones celulares exibem as suas marcas. Se forem da maçã da variedade Macintosh, tanto melhor. Relógios, que antes alardeavam ser os menos espessos, hoje são largos e grandalhões para serem vistos e exibidos. Tão grandes que fazem inveja ao despertadores antigos.
E pensar que ninguém nos paga nada por isso. Muito pelo contrário. Todos os que se subjugam aos ditames da moda e dos modismos, pagam caro por isso. Modernos homens e mulheres sanduíches a vestir camisas Dolce & Gabana, Ermenegildo Zegna, tênis Adidas e mulheres do alto de Loboutins de sola vermelha, com bolsas Louis Vuitton, lenços Hermes e assemelhados. Todos a exibir etiquetas.
Uma multidão de modernas versões dos velhos homens e mulheres-sanduíche, ainda encontradiços no centro das grandes cidades.
Notas:
1) O Rio de Janeiro está uma balbúrdia. Sorte do velho Sérgio Cabral, jornalista e pai do ex-governador preso em Bangu 08. Está com o Mal de Alzheimer. Quando lhe perguntam pelo filho ele responde que morreu quando criança. Tem males que vem para bem.
2) Minas também está no mesmo balaio. Apesar da situação falimentar do Estado, o governador narigudo não joga a toalha. Põe a culpa nas administrações anteriores e decreta estado de calamidade financeira. Demorou muito. Para quem tomou posse com pompa e logo em seguida afrontou o agro-negocio mineiro condecorando João Pedro Stedile e cunhou o slogan "Governo de todos", o castigo veio a cavalo. Ainda não perdeu a pose. Continua a fazer publicidade na televisão. Água para todos e startups em todo Estado.
Falácias.
Urtigão (desde 1943)
Notas:
1) O Rio de Janeiro está uma balbúrdia. Sorte do velho Sérgio Cabral, jornalista e pai do ex-governador preso em Bangu 08. Está com o Mal de Alzheimer. Quando lhe perguntam pelo filho ele responde que morreu quando criança. Tem males que vem para bem.
2) Minas também está no mesmo balaio. Apesar da situação falimentar do Estado, o governador narigudo não joga a toalha. Põe a culpa nas administrações anteriores e decreta estado de calamidade financeira. Demorou muito. Para quem tomou posse com pompa e logo em seguida afrontou o agro-negocio mineiro condecorando João Pedro Stedile e cunhou o slogan "Governo de todos", o castigo veio a cavalo. Ainda não perdeu a pose. Continua a fazer publicidade na televisão. Água para todos e startups em todo Estado.
Falácias.
Urtigão (desde 1943)