A intelligentsia brasileira, a academia, a imprensa e todos os mais ditos pensantes andam muito preocupados com a posse de Donald Trump.
Até parece que a posse do presidente é aqui e os filhos de Tio Sam estão preocupados com este país moreno que Deus num átimo de descuido colocou abaixo do Equador, grande, descuidado, com tudo para dar certo e sempre dá errado.
O Brasil está numa merda danada. Michel Temer, dentro de sua timidez incurável assumiu um abacaxi que poucos no mundo teriam coragem de encarar. Se fosse mamão com açúcar, tudo bem. Não se enganem: vivemos uma crise nunca vista desde a independência.
Nem em 1930, logo após a quebra da bolsa de Nova Iorque, com os Estados Unidos em falência e o mundo ainda a se recobrar dos escombros da Grande Guerra e o Brasil vivendo todas as consequências tivemos uma crise tão forte.
Até parece que a posse do presidente é aqui e os filhos de Tio Sam estão preocupados com este país moreno que Deus num átimo de descuido colocou abaixo do Equador, grande, descuidado, com tudo para dar certo e sempre dá errado.
O Brasil está numa merda danada. Michel Temer, dentro de sua timidez incurável assumiu um abacaxi que poucos no mundo teriam coragem de encarar. Se fosse mamão com açúcar, tudo bem. Não se enganem: vivemos uma crise nunca vista desde a independência.
Nem em 1930, logo após a quebra da bolsa de Nova Iorque, com os Estados Unidos em falência e o mundo ainda a se recobrar dos escombros da Grande Guerra e o Brasil vivendo todas as consequências tivemos uma crise tão forte.
No entanto, em vez de preocuparmos com o nosso País de "meio sucesso", os nossos pensantes se preocupam com Donald Trump. Preocupam a ponto de chamá-lo de populista, de compará-lo a Marine Le Pen, líder da direita na França.
Como pode um capitalista, um homem de negócios, um notório milionário ser populista?
É difícil de engolir essa afirmativa. Falam de uma nova onda populista.
Vivemos no Brasil treze anos do mais completo populismo, capitaneado por Lula e seus asseclas. Ninguém se preocupava com o populismo. Alastrou-se por toda América Latina e ainda sobrevive na Bolívia, onde Evo Morales, um "cocalero" travestido de índio aimara, governa de forma populista.
O mesmo se dá no Equador, na Venezuela, com uma cavalgadura de nome Maduro e em várias republiquetas da América Central.
Será que na maior nação do mundo, líder inconteste do planeta há mais de cem anos há lugar para populismo?
Na minha santa ignorância eu duvido. Mesmo que tivesse, os construtores dos Estados Unidos, arquitetos de uma obra-prima erguida há duzentos e vinte e cinco anos, pensaram tão bem a Nação, que a independência dos poderes não permite ao Presidente fazer muita coisa sem a anuência dos outros poderes.
Argumentam os doutos brasileiros que Trump tem maioria no Congresso. É daí? Obama não tinha e conseguiu vitórias, inclusive o chamado Obamacare. Ainda existe a Suprema Corte. Lá ela é realmente Suprema e não anda dando entrevistas como os nossos juízes do STF.
Nem Franklin Roosevelt, munido de poderes quase excepcionais na época da Grande Recessão e em plena política da "New Deal" conseguiu passar por cima da Suprema Corte.
E nós aqui aqui a nos preocupar com Trump. O presidente é deles. O nosso chama-se Michel Miguel Elias Temer Lulia. Ruim com ele, pior sem ele. Já abaixou a inflação. Outros sucessos virão. O abacaxi é muito grande. A situação dos presídios já era péssima antes dele assumir. Ele não piorou nada. Lula e Dilma nada fizeram a favor. Só fizeram contra.
Notas:
1) Pensando bem, a preocupação procede. Nos tempos da UNE Volante, antes de 1964, a música de sucesso tinha o refrão: "Esso, Shell, Esso, Shell, o Brasil pro beleléu”. Lutava-se contra as Refinações de Milho Brazil, com Z, que produzia Maizena. A maioria nunca se deu ao trabalho de pesquisar que maizena, vem de maiz, nome do milho entre os incas. Hoje não temos mais crianças, temos Kids. Lojas em liquidação não têm desconto, têm "off". Hot dog é coisa comum, como comum também é deletar. Acham que vem do inglês. Vem do latim.
Traduziram "impowerment" para empoderamento. Nunca se usou tanto essa nova palavra. Afinal, além dos milhares de ilegais "brazucas" nos USA, os Estados Unidos já se instalaram aqui. E falam mal do grande país do norte.
Inveja mata.
2) Perguntar não ofende: para que serve um Secretário Nacional da Juventude? Semana passada um Secretário da Juventude, de sobrenome Júlio, foi defenestrado do cargo em virtude de declarações a respeito de rebeliões e mortes em presídios. Fui ver a ficha do moço. É filho do cabo Júlio, ex-policial militar que ficou famoso em uma greve da categoria (a primeira no Brasil) nos tempos do governador "bunda mole" Eduardo Azeredo. O dito governador não reagiu à altura do movimento e com isso abriu um precedente muito sério que alastrou feito chuchu na cerca. Acabada a hierarquia, virou bagunça. Rasgaram o Estatuto, veio Itamar Franco e, de forma populista, anistiou os grevistas. Ficamos com a herança maldita. Ex-militares que se tornaram políticos agora transmitem a herança para os filhos. Nada contra filhos de políticos, desde que tenham competência. Volto a perguntar: para que serve mesmo um Secretário Nacional da Juventude?
3) Dois pesos e duas medidas. O filho do governador Pimentel resgatado em Escarpas do Lago no primeiro dia do ano de helicóptero pelo pai zeloso, às custas do erário mineiro, foi chamado de garoto pela revista Veja. Tem vinte anos e acode pelo nome de Mathias. Com a mesma idade, uma brasileira foi presa nas Filipinas com seis quilos de cocaína em um travesseiro. Pode ser condenada a morte. Tem o nome de Yasmim Silva. A Veja tratou-a por moça. Qual a razão da diferença?
Urtigão (desde 1943)
Como pode um capitalista, um homem de negócios, um notório milionário ser populista?
É difícil de engolir essa afirmativa. Falam de uma nova onda populista.
Vivemos no Brasil treze anos do mais completo populismo, capitaneado por Lula e seus asseclas. Ninguém se preocupava com o populismo. Alastrou-se por toda América Latina e ainda sobrevive na Bolívia, onde Evo Morales, um "cocalero" travestido de índio aimara, governa de forma populista.
O mesmo se dá no Equador, na Venezuela, com uma cavalgadura de nome Maduro e em várias republiquetas da América Central.
Será que na maior nação do mundo, líder inconteste do planeta há mais de cem anos há lugar para populismo?
Na minha santa ignorância eu duvido. Mesmo que tivesse, os construtores dos Estados Unidos, arquitetos de uma obra-prima erguida há duzentos e vinte e cinco anos, pensaram tão bem a Nação, que a independência dos poderes não permite ao Presidente fazer muita coisa sem a anuência dos outros poderes.
Argumentam os doutos brasileiros que Trump tem maioria no Congresso. É daí? Obama não tinha e conseguiu vitórias, inclusive o chamado Obamacare. Ainda existe a Suprema Corte. Lá ela é realmente Suprema e não anda dando entrevistas como os nossos juízes do STF.
Nem Franklin Roosevelt, munido de poderes quase excepcionais na época da Grande Recessão e em plena política da "New Deal" conseguiu passar por cima da Suprema Corte.
E nós aqui aqui a nos preocupar com Trump. O presidente é deles. O nosso chama-se Michel Miguel Elias Temer Lulia. Ruim com ele, pior sem ele. Já abaixou a inflação. Outros sucessos virão. O abacaxi é muito grande. A situação dos presídios já era péssima antes dele assumir. Ele não piorou nada. Lula e Dilma nada fizeram a favor. Só fizeram contra.
Notas:
1) Pensando bem, a preocupação procede. Nos tempos da UNE Volante, antes de 1964, a música de sucesso tinha o refrão: "Esso, Shell, Esso, Shell, o Brasil pro beleléu”. Lutava-se contra as Refinações de Milho Brazil, com Z, que produzia Maizena. A maioria nunca se deu ao trabalho de pesquisar que maizena, vem de maiz, nome do milho entre os incas. Hoje não temos mais crianças, temos Kids. Lojas em liquidação não têm desconto, têm "off". Hot dog é coisa comum, como comum também é deletar. Acham que vem do inglês. Vem do latim.
Traduziram "impowerment" para empoderamento. Nunca se usou tanto essa nova palavra. Afinal, além dos milhares de ilegais "brazucas" nos USA, os Estados Unidos já se instalaram aqui. E falam mal do grande país do norte.
Inveja mata.
2) Perguntar não ofende: para que serve um Secretário Nacional da Juventude? Semana passada um Secretário da Juventude, de sobrenome Júlio, foi defenestrado do cargo em virtude de declarações a respeito de rebeliões e mortes em presídios. Fui ver a ficha do moço. É filho do cabo Júlio, ex-policial militar que ficou famoso em uma greve da categoria (a primeira no Brasil) nos tempos do governador "bunda mole" Eduardo Azeredo. O dito governador não reagiu à altura do movimento e com isso abriu um precedente muito sério que alastrou feito chuchu na cerca. Acabada a hierarquia, virou bagunça. Rasgaram o Estatuto, veio Itamar Franco e, de forma populista, anistiou os grevistas. Ficamos com a herança maldita. Ex-militares que se tornaram políticos agora transmitem a herança para os filhos. Nada contra filhos de políticos, desde que tenham competência. Volto a perguntar: para que serve mesmo um Secretário Nacional da Juventude?
3) Dois pesos e duas medidas. O filho do governador Pimentel resgatado em Escarpas do Lago no primeiro dia do ano de helicóptero pelo pai zeloso, às custas do erário mineiro, foi chamado de garoto pela revista Veja. Tem vinte anos e acode pelo nome de Mathias. Com a mesma idade, uma brasileira foi presa nas Filipinas com seis quilos de cocaína em um travesseiro. Pode ser condenada a morte. Tem o nome de Yasmim Silva. A Veja tratou-a por moça. Qual a razão da diferença?
Urtigão (desde 1943)