Décadas atrás havia o exagero da chamada “dor de cotovelo” na música popular brasileira.
As letras sobre o amor eram tristes demais, como as do “Poeta da Vila”, Noel Rosa, no samba “Felicidade”, sem dúvida uma prévia do que depois chamou-se “fossa”.
Na segunda estrofe Noel exagera: “fico triste / quando vejo alguém contente / tenho inveja dessa gente / que não sabe o que é sofrer”. Feio, com defeito no queixo, Noel disse em outro samba: “quem sofreu / mais do que eu / não nasceu / com certeza Deus já me esqueceu”.
A lembrança de Noel triste e deprimido nos remete à atual busca de contínuo gozo (no sentido amplo e não só em sentido específico) na vida, algo como mais amor e menos guerra de poucas décadas atrás.
Nosso tempo de tantos conflitos parece conduzir todos a uma busca imensa do prazer que acaba até a superar a razão.
Tornou natural trocar compromissos da vida pela procura insaciável de prazer, o que talvez explique tantos conflitos num mundo cheio de radicalismo, falta de sensibilidade e egoismo.
Em certos casos até parece que a humanidade está de volta aos tempos das cavernas e dos brucutus de porrete na mão para atacar inimigos e conquistar mulheres.
Dentro de uma visão otimista pode ser apenas uma fase sombria da humanidade e que, passado algum tempo, tudo acabe voltando à normalidade.
Com o histórico do Homem sobre a Terra, será que dá para acreditar em sonhos de uma noite de verão?
As letras sobre o amor eram tristes demais, como as do “Poeta da Vila”, Noel Rosa, no samba “Felicidade”, sem dúvida uma prévia do que depois chamou-se “fossa”.
Na segunda estrofe Noel exagera: “fico triste / quando vejo alguém contente / tenho inveja dessa gente / que não sabe o que é sofrer”. Feio, com defeito no queixo, Noel disse em outro samba: “quem sofreu / mais do que eu / não nasceu / com certeza Deus já me esqueceu”.
A lembrança de Noel triste e deprimido nos remete à atual busca de contínuo gozo (no sentido amplo e não só em sentido específico) na vida, algo como mais amor e menos guerra de poucas décadas atrás.
Nosso tempo de tantos conflitos parece conduzir todos a uma busca imensa do prazer que acaba até a superar a razão.
Tornou natural trocar compromissos da vida pela procura insaciável de prazer, o que talvez explique tantos conflitos num mundo cheio de radicalismo, falta de sensibilidade e egoismo.
Em certos casos até parece que a humanidade está de volta aos tempos das cavernas e dos brucutus de porrete na mão para atacar inimigos e conquistar mulheres.
Dentro de uma visão otimista pode ser apenas uma fase sombria da humanidade e que, passado algum tempo, tudo acabe voltando à normalidade.
Com o histórico do Homem sobre a Terra, será que dá para acreditar em sonhos de uma noite de verão?
Mário Ribeiro