Uma verdadeira farra do boi.
O velho comunista, mais lúcido do que nunca, faz uma constatação: em um País de níveis baixíssimos de educação, sempre na "rabeira" de todos os índices de avaliação tais como o Pisa, índice da OCDE, etc., o Brasil possui o maior grupo educacional do mundo. Acode pelo nome de Kroton. E mais, constata Gaspari: da lista de bilionários da Forbes, constam dois empresários do setor de educação.
Como diria um antigo personagem de um humorísta: um espanto! Um País de educação tão rasa, milionários feitos à custa de uma mercadoria tão escassa.
Há muito me intriga as coisas ligadas à educação. Não só o Fies, mas também o tal de PROUNI, que vem a ser uma renúncia fiscal que vai acabar saindo do bolso da patuleia. O Fies foi criado no governo FHC e germinou com força com Lula e seus seguidores. O PROUNI é da lavra dos salvadores da pátria de estrela vermelha. Não posso afirmar, mas levanto a suspeita: debaixo desse angu tem boa carne. Vai ver, tem venda de medida provisória, isenção de tributos e outras coisinhas que sempre fizeram a desgraça da "viúva" e a felicidade de políticos e empresários amigos do rei.
Da educação, vamos à Saúde, setor onde trabalhei por bom tempo. Todos sabemos que ao lado da Educação, são os dois maiores orçamentos da União, exceto a Previdência. Nela, encontramos o mesmo fenômeno. Num País onde a assistência à saúde é uma das piores do mundo e o SUS é ainda um sonho de uma noite de verão. Assim como na Educação, vamos encontrar dois bilionários listados na Forbes, oriundos do setor. Por coincidência, são amigos de Luizinácio.
Outro, que vive de negociar seguros de saúde, anfitrionava o ex-presidente, pobre e humilde como Jó, todos os anos no "reveillon" em Angra. Nada melhor do que ser amigo do Chefe. Isso já foi cantado em verso por Manoel Bandeira.
Até quando?
Notas:
1) Leio no excelente blog do Fernão Mesquita vespeiro.com:
"O falido governo de Minas já contratou perto de dois mil funcionários em 2017. Dobrou a gratificação dos conselheiros da CEMIG. De sete mil e picos, passou para quase quinze mil. É por aí vai a gastança . O mesmo Fernão registra um fato inédito: pela primeira vez a Folha de São Paulo registra em manchete uma noticia favorável ao Governo Federal e desfavorável as estatais. Querem se livrar de funcionários para melhorar o balanço e satisfazer os acionistas e emprestá-los ao Governo.
Engordam a conta da viúva .
2) Do mesmo Fernão: o recém eleito prefeito Crivella venderá os apartamentos da Vila Olímpica, encalhados na mão da "empreita" para os funcionários públicos da Prefeitura do Rio. Dinheiro certo, sem calote. Espécie de consignado, descontado em folha. Se não pagarem, sempre existe a hipótese de uma renegociação e mais um "pindura" para os trouxas"
Por último:
Fico espantado em ver tantos livros colocados na frente e ao lado dos ministros do STF e de outros tribunais em dia de julgamento. Para o quê?, não sei. Se todos têm um computador a seu dispor e se tal equipamento é capaz de armazenar todo o conteúdo de todos os livros e algo mais, porque os livros? Nunca são consultamos. E se forem demandados, terão tempo? Pura ostentação. Faz-me lembrar aquelas bibliotecas que os ricos compravam para decorar estantes. Só lombadas gravadas a ouro em couro atanado. Uma beleza. Sem livro.
Urtigão (desde 1943)