
Falam de milhões e bilhões como se fosse a coisa mais natural do mundo e aos olhos da Nação que ainda pensa, aparecem como se fossem os únicos. Não são não.
Como escrevi no artigo anterior, tudo que narram é apenas o começo. É a história da Construtora Norberto Odebrecht nos últimos anos.
Iguais a eles, talvez não em números e exuberância são praticamente todas as grandes empreiteiras que estão enroladas na Lava Jato e outras empresas que tiveram negócios com a União, Estados e municípios.
Como já foi dito sobre Sérgio Cabral e sua gangue, todas as áreas da administração pública no Rio de Janeiro foram roubadas. Se for feita uma comparação, somente o que se roubou na Secretaria da Saúde do Rio, cerca de trezentos milhões proporcionalmente é muito maior do que o que foi pilhado pelo Clã germano-baiano.
Podem procurar que certamente acharão roubalheira imensa na Educação, no Turismo, na Segurança Pública, na autoridade portuária e tudo mais que tiver alguma ingerência do poder público.
Certamente encontrarão falcatruas nos órgãos do meio-ambiente, nos esportes, no poder legislativo e no poder judiciário. Previdência, nem é bom pensar. Essa "velha senhora" é sabidamente a mais roubada, desde quando se constituiu no Brasil.
Roubaram o dinheiro que era para fazer obras nas áreas devastadas pelos temporais na Serra Fluminense. Roubaram até os donativos.
Por enquanto, só falamos de uma empresa e de uma cidade. Não sei quantos municípios tem o Estado do Rio de Janeiro. Aposto que no mais humilde deles, encontraremos sujeiras.
Multiplique-se tudo o que foi dito acima pelo número de ministérios, de órgãos de administração direta e indireta.
Multiplique-se pelo número de embaixadas e consulados do Brasil no exterior. Escritórios de negócios e agências de promoção.
Multiplique-se pelo número de embaixadas e consulados do Brasil no exterior. Escritórios de negócios e agências de promoção.
Multiplique pelo número de Estados e municípios do Brasil inteiro. Do fim do Amapá até o Arroio Chuí. O tamanho da malandragem é incomensurável.
Podem colocar também verbas públicas dadas a título de assistência social e até dinheiro que porventura tenha sido gasto com as visitas dos Papas.
Podem colocar também todo o dinheiro que foi dado a partidos políticos, às corporações empresariais e corporações de trabalhadores.
Coloquem no "balaio" o dinheiro que foi gasto nos ridículos Jogos Mundiais Indígenas, nas festas de abertura e encerramento de jogos olímpicos, nos carnavais e incentivos a cinema, teatro, musicais e outras ditas manifestações culturais.
Coloquem no "balaio" o dinheiro que foi gasto nos ridículos Jogos Mundiais Indígenas, nas festas de abertura e encerramento de jogos olímpicos, nos carnavais e incentivos a cinema, teatro, musicais e outras ditas manifestações culturais.
Nada disso resiste a uma investigação criteriosa. Não se esqueçam das universidades públicas e privadas. Nada resiste. Há muitos e muitos anos a roubalheira campeia solta e os "salvadores da pátria" alardeiam sucessos.
Tudo é mentira. A seriedade, a vontade de trabalhar e a boa administração no Brasil já de muito é manga de colete.
Quem se sentir injustiçado, que atire a primeira pedra. Ela nunca será jogada.
Urtigão (desde 1943)
Urtigão é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba em 1943.
Urtigão (desde 1943)
Urtigão é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba em 1943.