Este, ministro que sempre foi sério em suas decisões, ao ser flechado acabou por escorregar na rampa das delações premiadas de notório peralta de proezas sem qualquer fé.
A flecha quando atinge certo lugar fundamental para que se possa assentar, provoca muita irritação no atingido.
Informação que me foi dada pelo Zezinho Barbudo que brigou com o índio Uiurerê.
Fachin passou a condenar com base em informações colhidas pelas incertas flechadas do Janot. Bastava alguém telefonar ou visitar o Joesley, sempre grampeado, pedir dinheiro emprestado ou favor, propor vender gado ou imóvel, que Janot pedia a prisão do cujo.
Pior é que o Fachin irritado com as flechadas, mandava prender o indigitado indivíduo. Com isso, ninguém teve mais coragem de reclamar do tal Frigo.
Felix Bazé, dono de um açougue situado na Pitombeira, bairro de nossa cidade, recebeu “carne embalada que nem a cara deles” e lhe faltou coragem para devolver a mercadoria.
Nem para reclamar, teve medo da flecha. Disse para todos que o questionaram:
“Sei lá, o Joesley dá parte, o Janot denuncia e o ministro manda prender por dá cá uma palha. Veja o caso dessa moça que foi lá para vender um apartamento e foi presa. Prefiro não mais comprar qualquer coisa deles e nem lhes vender o gado Nelore que tenho criado e engordado com tanto cuidado. Se vou preso, vão é falar mal de mim.”
O Janot acabou por atirar flecha de bambu em outros ministros do STF. Queria acertar o estofo de se assentar do ministro Marco Aurélio, mas por partir desguiada a flecha se perdeu em direção ao plenário.
E o ministro Marco Aurélio reagiu: considerou que o afastamento de um senador é uma medida que coloca em risco a harmonia entre os poderes Legislativo e Judiciário, e que o afastamento caberia somente ao próprio Senado. Dizem que Janot maldisse o bambu da flecha, deveria ter usado taboca.
Nos estertores de seu mandato, Janot tem afirmado que suas flechas continuam sendo de bambu, mas que pretende consumir seu bambuzal até o dia 17 de setembro próximo. Novos flechados muito ainda têm que penar.
O 17 de setembro próximo está sendo chamado de dia do pelourinho. Mas o 18 seguinte vem sendo esperado como o dia da justiça, sem as flechas do Jano e sem Fachin escorregando na rampa das delações premiadas deperaltas de proezas sem qualquer fé.
Arthur Lopes Filho