Tudo em excesso chega a um ponto de saturação, ainda mais em relação a escândalos políticos e financeiros, a credibilidade perdida dos políticos e suas promessas, além de desilusões sobre o futuro.
Chega um momento de exaustão sobre safadezas e mentiras políticas do dia-a-dia que o jeito é unir forças para tentar por as coisas no lugar pela racionalidade, o bom senso e a determinação de estabelecer um rumo novo para a vida do país e das pessoas.
Parece que este momento está chegando. Mesmo porque não suportamos mais tantos esquemas podres, tantas falsidades e tanta mentirada em nome da velha chaga nacional de querer tirar vantagem em tudo, além do tal "jeitinho" tão nosso de golpear de morte a moral e a estética de tudo ao redor.
Uma boa combinação da alegria tão nossa com a competência exigida pelos tempos atuais pode nos dar um novo astral importante para a tarefa de tornar um país que tanto se diz não levar nada sério em país realmente sério.
Aliás, já faz tempo que o General De Gaulle nos pespegou a pecha de que "o Brasil não é um país sério”. Parece, entretanto, que estamos conseguindo conquistar seriedade em muitas coisas mas ainda não soubemos superar algumas fraquezas seculares como o jeitinho, produto típico de um caráter por demais maleável.
Quem sabe esse tempo de avanços científicos e tecnológicos, de busca da sensatez e da racionalidade, de novas esperanças e descobertas, nos façam trilhar caminhos novos?
Parece que está tudo preparado para o país reiniciar a nova caminhada e não ser um país do futuro mas um país no futuro.
Mário Ribeiro