A música a toda altura começou pelas nove da noite e invadia os ouvidos de quem mora próximo.
Tratava-se de encontro de amigos com som a toda altura que feria ouvidos e almas da vizinhança preocupada em levantar cedo para o trabalho ou para ir às escolas.
Impossível dormir diante daquele estrupício sonoro.
Alguém pensou em bombardear a casa da barulheira com rojões de foguete mas as conseqüências poderiam ser piores do que a encomenda.
Os ponteiros dos relógios pareciam acelerar a chegada da madrugada e não havia como pegar no sono imprescindível para se chegar cedo ao trabalho ou ao estudo.
Até que uma vizinha ligou para a Polícia, mas desistiu diante de tantos protocolos exigidos para uma patrulha ir ao local. Conseguiu o número do telefone da casa maldita e o tempo, como sempre inexorável, parecia seguir devagar como acontece todas as vezes que há alguma coisa a nos incomodar. Persistente na solução do problema, ela ligou para a tal casa sabendo que não poderia se identificar e falou de modo a evitar retaliação.
Um jovem atendeu aos gritos para superar o barulho já que ele também não conseguia ouvir o que a senhora falava.
Ela, com jeitinho, não reclamou com gritos.
Perguntou se ela poderia pedir uma música que pelo menos fosse do agrado dela.
Ao invés de um palavrão ouviu do jovem a promessa de que iria acabar com o som naquele instante.
Moral da história: não se deve tratar a ignorância com ignorância; o melhor é bater na cangalha do burro pois, assim, ele entende e não distribui coices à sua volta.
Tratava-se de encontro de amigos com som a toda altura que feria ouvidos e almas da vizinhança preocupada em levantar cedo para o trabalho ou para ir às escolas.
Impossível dormir diante daquele estrupício sonoro.
Alguém pensou em bombardear a casa da barulheira com rojões de foguete mas as conseqüências poderiam ser piores do que a encomenda.
Os ponteiros dos relógios pareciam acelerar a chegada da madrugada e não havia como pegar no sono imprescindível para se chegar cedo ao trabalho ou ao estudo.
Até que uma vizinha ligou para a Polícia, mas desistiu diante de tantos protocolos exigidos para uma patrulha ir ao local. Conseguiu o número do telefone da casa maldita e o tempo, como sempre inexorável, parecia seguir devagar como acontece todas as vezes que há alguma coisa a nos incomodar. Persistente na solução do problema, ela ligou para a tal casa sabendo que não poderia se identificar e falou de modo a evitar retaliação.
Um jovem atendeu aos gritos para superar o barulho já que ele também não conseguia ouvir o que a senhora falava.
Ela, com jeitinho, não reclamou com gritos.
Perguntou se ela poderia pedir uma música que pelo menos fosse do agrado dela.
Ao invés de um palavrão ouviu do jovem a promessa de que iria acabar com o som naquele instante.
Moral da história: não se deve tratar a ignorância com ignorância; o melhor é bater na cangalha do burro pois, assim, ele entende e não distribui coices à sua volta.
Mário Ribeiro