Fui assistir Dunkirk, excelente filme do diretor inglês Christopher Nolan. Nos anos sessenta, li um livro de Richard Collier, autor inglês, especialista em narrativas da Segunda Guerra Mundial. O livro é muito bom, como são bons outros livros do mesmo autor. Tem o título de "Sands of Dunkirk" e narra com precisão a chamada "Operação Dínamo", empreitada britânica para resgatar trezentos e oitenta mil expedicionários ingleses, franceses, belgas e outros, da pequena praia belga.
Sou suspeito nos elogios.
Sempre nutri uma enorme admiração pelos os ingleses e demais povos que compõem o que se convencionou chamar de Reino Unido. Em todos os sentidos, formam uma comunidade incomum. Dígna de todo o respeito de todo o mundo.
A Inglaterra é única a seu modo e a História da Europa nos leva a refletir sobre as qualidades, coragem e amor à liberdade da Inglaterra.
Tanto o filme quanto o livro, contam a narrativa de uma fragorosa derrota dos exércitos aliados, encurralados na praia belga em 1940.
Derrotados de forma humilhante por Hitler e suas divisões Panzer, Dunquerque é o prólogo de um inferno que iria se prolongar por mais cinco anos, alastrado pelos cinco continentes, com consequências em toda geopolítica mundial.
Dunquerque nos mostra bem mais.
Nos mostra no cinema, sem efeitos especiais e de maneira a mais próxima possível do real, a obstinação dos britânicos na salvação de uma dignidade quase perdida no continente. A narrativa de um desastre, de uma fragorosa derrota, nunca antes sofrida pela bandeira inglesa, torna-se uma revigorante vitória.
A incrível "Armada" que atravessou o Canal da Mancha para resgatar os perdedores é o retrato fiel de uma nação inteira embarcada em busca de sua honra. Do iate de luxo ao rebocador barulhento e sujo de óleo, da baleeira à barcaça de carvão, passando por traineiras e pesqueiros minúsculos. Um povo inteiro, com a frágil cobertura de uma força aérea já debilitada, enfrentou a temida Laftwafe, muito mais bem equipada e arrogante.
A narrativa de uma derrota, o torpor dos expedicionários ingleses à espera da morte, caídos numa ratoeira sem precedentes e a reação do País inteiro unido no resgate, é a demonstração inequívoca da determinação inglesa. Um episódio tão bonito que motivou um dos mais brilhantes e emocionados discursos de Winston Churchill.
No final da operação, o maior estadista do século XX diria ao microfone da BBC:
"Lutaremos nos mares, lutaremos nos ares, lutaremos nas praias e nas ruas. A nossa ilha não se renderá jamais!"
Mal sabia Adolf Hitler que mais do nunca o rosnado do velho leão inglês era verdadeiro e o prenúncio do fim do pretendido "Reich de Mil Anos"
Uma Nota:
De Bob Hope, sobre livros e filmes:
"Duas cabras perambulavam por Hollywood e encontraram latas de filmes jogados no lixo. Uma delas pôs-se a mastigar um dos rolos.
Quando terminou, a outra cabra perguntou:
- O que achou da comida?
A resposta:
- Gostei mais do livro."
Urtigão (desde 1943)
Urtigão é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba em 1943.
Sou suspeito nos elogios.
Sempre nutri uma enorme admiração pelos os ingleses e demais povos que compõem o que se convencionou chamar de Reino Unido. Em todos os sentidos, formam uma comunidade incomum. Dígna de todo o respeito de todo o mundo.
A Inglaterra é única a seu modo e a História da Europa nos leva a refletir sobre as qualidades, coragem e amor à liberdade da Inglaterra.
Tanto o filme quanto o livro, contam a narrativa de uma fragorosa derrota dos exércitos aliados, encurralados na praia belga em 1940.
Derrotados de forma humilhante por Hitler e suas divisões Panzer, Dunquerque é o prólogo de um inferno que iria se prolongar por mais cinco anos, alastrado pelos cinco continentes, com consequências em toda geopolítica mundial.
Dunquerque nos mostra bem mais.
Nos mostra no cinema, sem efeitos especiais e de maneira a mais próxima possível do real, a obstinação dos britânicos na salvação de uma dignidade quase perdida no continente. A narrativa de um desastre, de uma fragorosa derrota, nunca antes sofrida pela bandeira inglesa, torna-se uma revigorante vitória.
A incrível "Armada" que atravessou o Canal da Mancha para resgatar os perdedores é o retrato fiel de uma nação inteira embarcada em busca de sua honra. Do iate de luxo ao rebocador barulhento e sujo de óleo, da baleeira à barcaça de carvão, passando por traineiras e pesqueiros minúsculos. Um povo inteiro, com a frágil cobertura de uma força aérea já debilitada, enfrentou a temida Laftwafe, muito mais bem equipada e arrogante.
A narrativa de uma derrota, o torpor dos expedicionários ingleses à espera da morte, caídos numa ratoeira sem precedentes e a reação do País inteiro unido no resgate, é a demonstração inequívoca da determinação inglesa. Um episódio tão bonito que motivou um dos mais brilhantes e emocionados discursos de Winston Churchill.
No final da operação, o maior estadista do século XX diria ao microfone da BBC:
"Lutaremos nos mares, lutaremos nos ares, lutaremos nas praias e nas ruas. A nossa ilha não se renderá jamais!"
Mal sabia Adolf Hitler que mais do nunca o rosnado do velho leão inglês era verdadeiro e o prenúncio do fim do pretendido "Reich de Mil Anos"
Uma Nota:
De Bob Hope, sobre livros e filmes:
"Duas cabras perambulavam por Hollywood e encontraram latas de filmes jogados no lixo. Uma delas pôs-se a mastigar um dos rolos.
Quando terminou, a outra cabra perguntou:
- O que achou da comida?
A resposta:
- Gostei mais do livro."
Urtigão (desde 1943)
Urtigão é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba em 1943.