Urtigão e o Brasil do futuro

Zweig e sua 2a esposa Lotte mortos após suicídio
O escritor austríaco Stefan Zweig, nascido em Viena no século XIX, foi um dos maiores intelectuais de seu tempo, com reconhecimento na Europa e nos Estados Unidos da América. Viveu no Brasil por um breve período. Ficara encantado com Pindorama e escreveu uma obra dedicada ao País, com o título "Brasil País do Futuro". Não chegou a presenciar sua previsão. Suicidou-se com sua mulher, em Petrópolis/RJ, em 1942. Dizem as más línguas que sua morte foi motivada por arrependimento e vergonha pelo livro escrito em louvor à terra de Santa Cruz. Intriga da oposição. O intelectual de origem judaica estava deprimido em razão da política anti-semita de Adolf Hitler.

Poderia sim, escrever outro livro, para o qual até sugiro um título: Brasil, crônica de uma morte anunciada. Título meio "chupado" de uma obra de fôlego, existente nas estantes.

Em vez do futuro, tínhamos sim a nossa morte anunciada há anos. De uma República instituída mal e porcamente por militares egressos da Guerra do Paraguai e fazendeiros ressentidos com a Abolição dos escravos, brotou um Estado Federativo, sem força de Federação, cópia vagabunda dos nossos vizinhos da América do Norte, que fizeram uma grande república cem anos antes. Fórmula única. Os pais da pátria de lá, fizeram os fundamentos da nação e jogaram a forma fora.

Por mais que fosse tentada em diversas paragens, nunca mais deu certo. Uma pena.

Com exceção da República Velha, período de alguma calmaria e eleições fraudadas, nunca vivemos em paz no século passado e tampouco a partir dos anos 2000. Governos pífios, corrupção generalizada, escândalos e roubalheiras. Começando com o "Arquiteto de Utopias", nascido em Diamantina e culminando com as aves de rapina de um certo Partido dos Trabalhadores, formado por trabalhadores que nunca trabalharam, artistas idem e intelectuais que nada pensam, a não ser como espoliar cada vez mais as tetas da velha porca.

Encastelados nas universidades, com cadeiras vitalícias e aposentadorias integrais, sempre viveram de favores do Estado. Nada produzem, a não ser teses estranhas ao Estado Liberal. Vivem de pregar ideologias que não vingaram em lugar algum. Exceção para Cuba, uma " titica" ancorada no Caribe e na Coréia do Norte, um pais de opereta.

O retrato fiel da morte anunciada é o Rio de Janeiro. Nunca jamais, em tempo algum, tantos vagabundos roubaram tanto em tão pouco tempo. Estado corroído por uma ferrugem secular, movida a privilégios que remontam ao Império. O Rio de Janeiro sempre viveu de obséquios e de negociatas de funcionários públicos, políticos sem vergonha e marginais de toda espécie. Capital nacional do "dolce far niente", um estado de bem estar social às avessas, vivendo do suor e do esforço do restante do Brasil. Tinha de chegar onde chegou. Obra de políticos como Chagas Freitas, Leonel Brizola, Benedita da Silva, Anthony Garotinho, Rosinha idem, culminando com o grão vizir Sérgio Cabral.

Nunca se viu nada igual. O Brasil merece !!!!!


Urtigão (desde 1943)
Urtigão é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba em 1943.