Política, Futebol e Notas do Urtigão

Na política, nada de Importante no Brasil. 

A segunda denúncia contra Michel Temer, última flechada bêbada do Janot, em poucos dias cairá no esquecimento. 

Depois do ex-ministro Carlos Veloso dizer que a primeira denúncia era inepta, com toda ênfase, no Globo News Painel, salientando que o então PGR tinha sido seu aluno e não saira como desejo do professor, a palavra inepta caiu no gosto de parlamentares e da imprensa. 

É sempre bom a presença de figuras distintas, tal qual Carlos Veloso na televisão. Lembra aos ouvintes que a língua portuguesa é rica sem a necessidade do recurso aos estrangeirismos. Basta ir além do Google e fazer de vez em quando a leitura de um bom autor patrício. 

De triste na segunda denúncia, sobra o papelão desempenhado pelo PSDB contra o deputado Bonifácio Andrada, descendente do "Patriarca". 

Se fosse comigo, não tão velho quanto o macróbio barbacenense, eu entraria com queixa crime contra o Partido "Murista". Acusação principal: danos morais com base no Estatuto dos Idosos. Fernando Henrique e sua boca mole que se cuide. Os tucanos se especializaram em bater em velho.


Catalunha e sua Independência
A Catalunha, que a minha geração conheceu de nome na Copa de cinquenta através da marchinha "Touradas de
Madrid", foi assunto político em todos os noticiários, com a Rede Globo e satélites fazendo carnaval. 

Parecia estarmos próximos do fim do mundo se a região espanhola declarasse independência. Clima de cataclismo, capaz de trazer reflexos malfazejos por todo o lado. 

No final, o bravo presidente catalão, jovem e impetuoso declarou uma independência "viúva Porcina". Aquela que foi, sem nunca ter sido. 

Em homenagem aos franceses, vizinhos da província que conhecem como Catalogne, foi uma independência "demi-bombee". 

Em português castiço, meia bomba. A montanha pariu um rato. Na língua de Rio Piracicaba, onde nasci, o guapo presidente de longas madeixas, "mijou pra trás". Igual mijada de mulher.


Futebol
Não ligo muito para o " nobre esporte bretão". Lá de vez em quando aos campos de futebol. Pretexto para fazer uma
boa farra. Depois de deixar a " marvada", nunca mais assisti uma peleja em campos de várzea ou estádios.
Causou-me estranheza o carnaval feito pelos valentes locutores nomeados de "speakers" na minha época, em torno da Argentina. Parecia que o elegante país do sul do continente estava a beira do abismo. 

Terra acostumada com dramas, a começar por sua música, uma das mais harmoniosas do mundo. Cataclismo igual a morte de Gardel, os governos de Menen e de Cristina Kirchner. Pior do que o "corralito" que sequestrou a poupança dos argentinos.
A terra do Papa " melancia" não ia se classificar para a Copa da Rússia. Copa sem Messi seria igual lua de mel na
casa da sogra. Sem gosto tal qual " pout pourri". Nada completo. 

A terra de Evita se classificou na melhor e deixou os faladores de microfone com a brocha na mão. Fácil, fácil. Três gols de Lionel.


Mais futebol
Fiz uma análise do meu DNA futebolístico. Descobri somente um ex-jogador com o meu nome. Trata-se de um goleiro, natural de Itaúna, que jogou no Atlético e no Botafogo. 
Seu nome: Edgard. Era José Silvério de batismo. Em Itaúna, era o Zé Edgard, em razão do pai. Ao se profissionalizar, perdeu o Zé e passou a posteridade como Edgard.

Resolvi analisar o DNA pelo sobrenome. Não encontrei nenhum atleta de relevância de sobrenome Vasconcelos. Sinal certo que pelo lado paterno eu estava fadado a ser um " perna de pau". 

Já o sobrenome Miranda (materno) é encontradiço, culminando com um zagueiro da atual Seleção, que atende por Miranda. 

Como na minha casa entre seis irmãos eu fui o único a receber o sobrenome por ter sido registrado pelo meu avô, nunca consegui chutar uma bola com precisão. Tal e qual meus irmãos. 

O mais velho adorava futebol. Sempre foi dono de time. Era goleiro reserva. Meu pai foi sócio do Vila Nova de Nova Lima durante muitos anos. Desde os anos trinta do século passado. Não gostava de futebol. Ficou sócio do valoroso "Leão do Bonfim", para tomar banho quente na sede do clube. Na pensão em que morava não tinha banho quente e Nova Lima fazia um frio danado!!!


Finalmente

As minhas desculpas ao titular do blog, grande amante do futebol, torcedor do Galo e conselheiro do Clube da Colina. 

Admiro o futebol pelas controvérsias que cria, que nem a internet consegue resolver. Coisa bem feita por ingleses, no século XIX e com regras que pouco mudaram. Só podia ser invenção da "Velha Albion". 

Quanto aos argentinos e os analistas brasileiros, sempre é bom lembrar que Broche, de onde derivou a nossa brocha, a que pinta. Um pincel pesado que entorta sempre. Tudo a ver com o outro significado.


Urtigão ( desde 1943)
Urtigão é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba em 1943.