De repente vem à mente a revolução no cinema com dois filmes francesses que marcaram época: Acossado, de Jean Luc Godard, e Os incompreendidos, de Françoise Truffaud.
Saudosismo ou referência para analisar a violência desses nossos tempos?
Talvez as duas coisas. Viajar no tempo e lembrar a fila para entrar no velho cine Art Palácio e fazer comparação entre a violência romantizada, vamos dizer assim, com a violência dos dias atuais.
Havia naqueles filmes um charme tal que ao vê-los nos sentíamos intelectuais com sotaque francês ainda mais diante da beleza e sofisticação da atriz Jean Seberg.
A ilusão dá contornos suaves à violência em qualquer época e hoje ela parece dominar todo o mundo.
Está ao nosso lado dia-a-dia, cada vez mais presente, doida, sem freios.
Parece que os avanços da tecnologia injetam no sangue de cada um doses programadas de violência sem sentido.
Estão de volta os bárbaros?
Até os psicanalistas devem andar em alucinação: como expurgar neurônios desregulados diante de tantas frustrações por desejos que não se tornam realidade?
A esperança vem de quem não se deixa dominar pela confusão dos dias atuais e se entrega de corpo e alma no atendimento voluntário a quem precisa de ajuda, nos asilos, nas regiões dominadas pela pobreza e pelo desencanto com o mundo e as pessoas.
Por não se deixarem ficar acossados diante de tanta miséria, ignorância e violências, não medem forças para tentar reverter a situação. Benditos sejam eles e elas.
Saudosismo ou referência para analisar a violência desses nossos tempos?
Talvez as duas coisas. Viajar no tempo e lembrar a fila para entrar no velho cine Art Palácio e fazer comparação entre a violência romantizada, vamos dizer assim, com a violência dos dias atuais.
Havia naqueles filmes um charme tal que ao vê-los nos sentíamos intelectuais com sotaque francês ainda mais diante da beleza e sofisticação da atriz Jean Seberg.
A ilusão dá contornos suaves à violência em qualquer época e hoje ela parece dominar todo o mundo.
Está ao nosso lado dia-a-dia, cada vez mais presente, doida, sem freios.
Parece que os avanços da tecnologia injetam no sangue de cada um doses programadas de violência sem sentido.
Estão de volta os bárbaros?
Até os psicanalistas devem andar em alucinação: como expurgar neurônios desregulados diante de tantas frustrações por desejos que não se tornam realidade?
A esperança vem de quem não se deixa dominar pela confusão dos dias atuais e se entrega de corpo e alma no atendimento voluntário a quem precisa de ajuda, nos asilos, nas regiões dominadas pela pobreza e pelo desencanto com o mundo e as pessoas.
Por não se deixarem ficar acossados diante de tanta miséria, ignorância e violências, não medem forças para tentar reverter a situação. Benditos sejam eles e elas.
Mário Ribeiro