LIBERAR GERAL, UMA OPÇÃO
O fracasso pessoal talvez seja a fórmula mais perfeita para arrasar alguém. Doenças, perda de em- prego ou uma dor-de-corno arretada atormentam qualquer um: o fracasso no sentido de gerar desilusão é algo que acaba com qualquer um.
Todos chegamos a um momento em que resolvemos repensar nosso pas- sado e, ao ver tanta asneira, tantos fracassos amorosos e tantas decisões desastradas tomadas, chegamos à conclusão que o melhor a fazer é soltar um grito com o palavrão mais cabeludo que conhecemos.
Um grito como o do Quincas Berro D’água, pinguço inveterado de Salvador e personagem de Jorge Amado, quando os amigos ao invés de pinga colocaram água no seu copo.
A história conta que o berro foi retumbar no elevador Lacerda a uma distância razoável do bar.
O palavrão não chega a nos libertar do fracasso ou da desilusão mas é um santo remédio para aliviar a raiva que circula em torno do nosso estado de de- pressão profunda.
Uma pena não podermos exercitar o berro com a liberdade que sonhamos o que, ao final, acaba simplesmente por guardar na alma a nossa frustração.
Atualmente passamos por um estágio da civilização em que a raiva e a exaltação tornaram-se o que a Santa Madre Igreja chamava de pecado grave.
Foi o caso do meu irmão Ernani em confissão a um padre daqueles bravos e estrangeiros que atendia na principal igreja da cidade.
Diante do que ele contou, contrito e envergonhado, o padre soltou um grito de “absurdo!!!” que foi retumbar no Viaduto de Santa Tereza e além.
O fracasso pessoal talvez seja a fórmula mais perfeita para arrasar alguém. Doenças, perda de em- prego ou uma dor-de-corno arretada atormentam qualquer um: o fracasso no sentido de gerar desilusão é algo que acaba com qualquer um.
Todos chegamos a um momento em que resolvemos repensar nosso pas- sado e, ao ver tanta asneira, tantos fracassos amorosos e tantas decisões desastradas tomadas, chegamos à conclusão que o melhor a fazer é soltar um grito com o palavrão mais cabeludo que conhecemos.
Um grito como o do Quincas Berro D’água, pinguço inveterado de Salvador e personagem de Jorge Amado, quando os amigos ao invés de pinga colocaram água no seu copo.
A história conta que o berro foi retumbar no elevador Lacerda a uma distância razoável do bar.
O palavrão não chega a nos libertar do fracasso ou da desilusão mas é um santo remédio para aliviar a raiva que circula em torno do nosso estado de de- pressão profunda.
Uma pena não podermos exercitar o berro com a liberdade que sonhamos o que, ao final, acaba simplesmente por guardar na alma a nossa frustração.
Atualmente passamos por um estágio da civilização em que a raiva e a exaltação tornaram-se o que a Santa Madre Igreja chamava de pecado grave.
Foi o caso do meu irmão Ernani em confissão a um padre daqueles bravos e estrangeiros que atendia na principal igreja da cidade.
Diante do que ele contou, contrito e envergonhado, o padre soltou um grito de “absurdo!!!” que foi retumbar no Viaduto de Santa Tereza e além.
Por isso, é bom maneirar.
Os palavrões hoje se auto-liberaram e segue na mesma toada da maledicência e da implicância em relação a tudo e a todos.
Bom que seja assim, porque extravasar tornou-se necessidade premente diante do caos político do qual o país não sabe como dele se livrar e da ruindade do futebol praticado nos campos brasileiros com autênticos “pernas-de- paus” investidos de craques com salários de milhões de reais ou mais, que não se cansam de promover a cada jogo um autêntico festival de besteiras, ao perderem gols feitos chutando a bola nas alturas estando o goleiro fora dos três paus.
O problema da liberação geral do palavrão não importando em quais recintos e situações, é que, aí sim, tornaria nossa vida completamente inviável.
Mas que dá vontade de liberar, não tenhamos dúvidas.
ENTUPIMENTO
A maravilha da tecnologia da informação veio em boa hora diante da superpopulação cada vez maior do mundo.
Os espantosos recursos oferecidos pelos celulares tornaram-se uma enciclopédia muito mais completa do que aquelas antigas de não se sabe de quantos volumes quando era preciso providenciar uma porção de prateleiras especiais só para lhe dar espaço nas casas.
Ciência, cultura geral, informações pre- ciosas para uma pesquisa, tudo se consegue com poucos toques.
Só que é preciso ter cuidado no uso permanente do aparelho: os neurônios podem ficar entupidos.
TRISTE FUTEBOL
O chamado esporte bretão, o futebol, está cada vez mais chato de ser visto.
Obra do Guardiola que inventou um tal de tic-tac, bola pra lá bola pra cá, volta para atrasar para o goleiro, de novo bola pra cá bola pra lá, toquinhos curtos, começa tudo de novo, tudo para valori- zar a posse de bola.
Esquecem que o futebol — que já foi chamado de arte — é bem mais do que esse irritante lero-lero exibido em canais especializados dia-e-noite, noite-e-dia, por todos os cantos do mundo.
É como se estivéssemos assistindo a mesma partida todos os dias.
Haja Deus, como diria o outro.
Os palavrões hoje se auto-liberaram e segue na mesma toada da maledicência e da implicância em relação a tudo e a todos.
Bom que seja assim, porque extravasar tornou-se necessidade premente diante do caos político do qual o país não sabe como dele se livrar e da ruindade do futebol praticado nos campos brasileiros com autênticos “pernas-de- paus” investidos de craques com salários de milhões de reais ou mais, que não se cansam de promover a cada jogo um autêntico festival de besteiras, ao perderem gols feitos chutando a bola nas alturas estando o goleiro fora dos três paus.
O problema da liberação geral do palavrão não importando em quais recintos e situações, é que, aí sim, tornaria nossa vida completamente inviável.
Mas que dá vontade de liberar, não tenhamos dúvidas.
ENTUPIMENTO
A maravilha da tecnologia da informação veio em boa hora diante da superpopulação cada vez maior do mundo.
Os espantosos recursos oferecidos pelos celulares tornaram-se uma enciclopédia muito mais completa do que aquelas antigas de não se sabe de quantos volumes quando era preciso providenciar uma porção de prateleiras especiais só para lhe dar espaço nas casas.
Ciência, cultura geral, informações pre- ciosas para uma pesquisa, tudo se consegue com poucos toques.
Só que é preciso ter cuidado no uso permanente do aparelho: os neurônios podem ficar entupidos.
TRISTE FUTEBOL
O chamado esporte bretão, o futebol, está cada vez mais chato de ser visto.
Obra do Guardiola que inventou um tal de tic-tac, bola pra lá bola pra cá, volta para atrasar para o goleiro, de novo bola pra cá bola pra lá, toquinhos curtos, começa tudo de novo, tudo para valori- zar a posse de bola.
Esquecem que o futebol — que já foi chamado de arte — é bem mais do que esse irritante lero-lero exibido em canais especializados dia-e-noite, noite-e-dia, por todos os cantos do mundo.
É como se estivéssemos assistindo a mesma partida todos os dias.
Haja Deus, como diria o outro.
Mário Ribeiro