Seguir em Frente - Crônica Jornal “Estado de Minas” - 25/01/2018

Nesse novo tempo de transformações totais no mundo, sejam políticas, econômicas, culturais ou morais, parece que torna-se cada vez mais verdade a frase de que “tudo que é sólido desmancha no ar”.

Ela foi dita por Marshall Bermann não se sabe se por intuição ou interesses políticos.

Seja por uma ou outra razão as coisas parecem que estão mesmo se desmanchando embora as cidades cresçam cada vez mais, principalmente para o alto, como forma de abrigarem e darem condições de sobrevivência a uma população cada vez mais super.

Natural, portanto, que conceitos milenares se esboroem no ar em troca de novos desejos, sempre mais ousados.

Não se sabe quem disse que “o tempo é senhor da razão”, mas é isso mesmo e não há como contestar.

Nas artes, no futebol, no dia-a-dia, há uma revolução constante que não sabemos até onde chegará.

Está aí o surto de febre amarela que tira nosso sossego e não sabemos se será erradicada e se voltará depois.

Aliás, quando é mesmo que conseguiremos o sossego absoluto – desejo impossível de se realizar.

Como disse alguém, faz parte...

Nada nunca foi fácil: ou tropeçamos em nossos próprios pés ou em obstáculos que aparecem na nossa corrida diária pela sobrevivência ou na convivência com alguém.

Melhor mesmo é procurar sempre seguir em frente, mesmo que aos trancos e barrancos. Aliás, não há como nos sentir impedidos de seguir em frente diante do trânsito louco das ruas, das travessuras de políticos e das derrotas do time para o qual torcemos.



Mário Ribeiro