De repente sem qualquer aviso, pensou-se em movimento pelas ruas, até com passeatas, exigindo que se instalasse a Operação Lava-Chato.
O povo ficou cansado de sempre ser de um político a culpa de tudo. A gota d’água foi a acusação contra o Deputado Laurito Benenéu de que causara imenso prejuízo aos cofres públicos. Logo contra ele, parlamentar mais ignorado, somente lembrado na hora de votar conforme recomendação do Líder de seu partido. Nunca fez um discurso ou um aparte, nunca foi xingado ou empurrado por outro parlamentar, conservava um sorriso e se afastava de discussões. O que não impediu ao Procurador Geral da República de então, aquele das flechas de bambu, preparar um Laudo Acusatório de 50 laudas em que solicitou do Supremo o julgamento do indigitado Benenéu, devido à denúncia feita por um tal de Joãozinho do Picolé de Ouro, dono de uma sorveteria dos arredores de Brasília.
Pior foi que o precavido deputado levou uma panelada dada por Dona Vinência, sua pacata esposa, indignada ao tomar conhecimento dos termos do resumo da denúncia, escolhidas as frases mais virulentas, que foi lhe enviado pela ARR- Assessoria de Retumbantes Resultados da Procuradoria Geral.
Por ser pacata e recatada esposa, ainda que indignada, a panelada causou apenas um “galo” na testa de Benenéu. Os congressistas foram unânimes em dar a ele muito apoio.
Tudo começou quando Benenéu, homem de hábitos simples mas sempre observador, reparou que uma faxineira que fazia a limpeza do andar em que localizava seu gabinete na Câmara, além de bonita tinha nádegas salientes e nas proporções de encantar a quem melhor observasse. De apelido Bitinha, sempre sorridente, balançava o belo atributo quando queria melhor atenção. E no seu jogo de sedução, contou para ele que o aniversário dela seria em quinze dias. Que o sonho que acalentava era convidar amigos, amigas, parentes e colegas, para se reunirem na Sorveteria de Elisa situada no Bairro onde morava, nos arredores de Brasília, onde todos se fartariam de sorvete que era o melhor.
Ele, fascinado pelo atributo trepidante dela, prometeu que custearia tudo. E se trancou com a confiável secretária dele a quem pediu ajuda. A eficiente Cózima, única que o entendia, organizou tudo.
De fato o sorvete de Elisa era excelente e pelo volume a ser fornecido, caiu para quase metade do preço. Foi a glória de Bitinha e de todos, ainda mais que o Deputado Laurito Benenéu fez questão de prestigiar o evento. Não fez discurso e nem deu aparte, com tanto povo junto se deu coragem e passou a mão, quantas vezes quis, pelo atributo trepidante.
No dia seguinte, Bitinha muito agradecida, teve um particular com ele de sala fechada, tendo Cózima como fiel guardiã, que o fez perder metade do Expediente do Dia. Foi uma alegria a audácia de tudo. Homem de hábitos simples e discretos, mas com coragem para atos arriscados.
Mas Joãozinho do Picolé de Ouro, despeitado, acabou por descobrir que o “sorvetório” teve parte do pagamento em Vales Refeições.
Benenéu havia acumulado muitos Vales, ele e Cózima comiam “A Quilo” e assim economizavam muito. Para a Câmara bastava a quitação pelo recebimento e não pela comprovação do gasto.
Joãozinho se dirigiu à Procuradoria e esperou horas até conseguir falar diretamente com “Flecha de Bambu”. Este em verdadeiro orgasmo, voltou para seu gabinete e fez produzir o Laudo Acusatório de 50 laudas.
A ARR enviou o resumo para Dona Vinência.
O Supremo, ainda que as 50 tenham ido para o Demolidor de Malazartes, não soube como dar prosseguimento à denúncia. Há o medo de a mídia dizer que será o julgamento do atributo trepidante da Faxineira do Congresso Nacional.
Arthur Lopes Filho
O povo ficou cansado de sempre ser de um político a culpa de tudo. A gota d’água foi a acusação contra o Deputado Laurito Benenéu de que causara imenso prejuízo aos cofres públicos. Logo contra ele, parlamentar mais ignorado, somente lembrado na hora de votar conforme recomendação do Líder de seu partido. Nunca fez um discurso ou um aparte, nunca foi xingado ou empurrado por outro parlamentar, conservava um sorriso e se afastava de discussões. O que não impediu ao Procurador Geral da República de então, aquele das flechas de bambu, preparar um Laudo Acusatório de 50 laudas em que solicitou do Supremo o julgamento do indigitado Benenéu, devido à denúncia feita por um tal de Joãozinho do Picolé de Ouro, dono de uma sorveteria dos arredores de Brasília.
Pior foi que o precavido deputado levou uma panelada dada por Dona Vinência, sua pacata esposa, indignada ao tomar conhecimento dos termos do resumo da denúncia, escolhidas as frases mais virulentas, que foi lhe enviado pela ARR- Assessoria de Retumbantes Resultados da Procuradoria Geral.
Por ser pacata e recatada esposa, ainda que indignada, a panelada causou apenas um “galo” na testa de Benenéu. Os congressistas foram unânimes em dar a ele muito apoio.
Tudo começou quando Benenéu, homem de hábitos simples mas sempre observador, reparou que uma faxineira que fazia a limpeza do andar em que localizava seu gabinete na Câmara, além de bonita tinha nádegas salientes e nas proporções de encantar a quem melhor observasse. De apelido Bitinha, sempre sorridente, balançava o belo atributo quando queria melhor atenção. E no seu jogo de sedução, contou para ele que o aniversário dela seria em quinze dias. Que o sonho que acalentava era convidar amigos, amigas, parentes e colegas, para se reunirem na Sorveteria de Elisa situada no Bairro onde morava, nos arredores de Brasília, onde todos se fartariam de sorvete que era o melhor.
Ele, fascinado pelo atributo trepidante dela, prometeu que custearia tudo. E se trancou com a confiável secretária dele a quem pediu ajuda. A eficiente Cózima, única que o entendia, organizou tudo.
De fato o sorvete de Elisa era excelente e pelo volume a ser fornecido, caiu para quase metade do preço. Foi a glória de Bitinha e de todos, ainda mais que o Deputado Laurito Benenéu fez questão de prestigiar o evento. Não fez discurso e nem deu aparte, com tanto povo junto se deu coragem e passou a mão, quantas vezes quis, pelo atributo trepidante.
No dia seguinte, Bitinha muito agradecida, teve um particular com ele de sala fechada, tendo Cózima como fiel guardiã, que o fez perder metade do Expediente do Dia. Foi uma alegria a audácia de tudo. Homem de hábitos simples e discretos, mas com coragem para atos arriscados.
Mas Joãozinho do Picolé de Ouro, despeitado, acabou por descobrir que o “sorvetório” teve parte do pagamento em Vales Refeições.
Benenéu havia acumulado muitos Vales, ele e Cózima comiam “A Quilo” e assim economizavam muito. Para a Câmara bastava a quitação pelo recebimento e não pela comprovação do gasto.
Joãozinho se dirigiu à Procuradoria e esperou horas até conseguir falar diretamente com “Flecha de Bambu”. Este em verdadeiro orgasmo, voltou para seu gabinete e fez produzir o Laudo Acusatório de 50 laudas.
A ARR enviou o resumo para Dona Vinência.
O Supremo, ainda que as 50 tenham ido para o Demolidor de Malazartes, não soube como dar prosseguimento à denúncia. Há o medo de a mídia dizer que será o julgamento do atributo trepidante da Faxineira do Congresso Nacional.
Arthur Lopes Filho