O jornalista José Roberto Guzzo publicou um excelente artigo na última edição impressa da revista "Exame" e postado em seu blog da revista "Veja". Título: Anarquía Aplicada. https://veja.abril.com.br/blog/fatos/anarquia-aplicada/
Nominar de excelente um artigo de J.R. Guzzo é pleonasmo. Entretanto, no escrito mencionado ele excede. Escreve sobre a famosa "Constituição Cidadã" do Dr. Ulisses e chega à brutal conclusão: com exceção dos artigos fundamentais, encontradiços em qualquer constituição há mais de dois séculos, a Carta Magna brasileira é um monumento de proteção a sinecuras e privilégios variados.
Louvo o artigo, recomendo e volto à pergunta do título: o crime é organizado ou o país é desorganizado? Não tenho elementos para cravar a resposta mas fico tentado a optar pela segunda hipótese. O estado atual de coisas é tão incomum que faz lembrar o Oeste Americano dos filmes de faroeste, a Nova Iorque de meados do século dezoito ou a Chicago de Alfonso Capone.
Tudo a ver com Lampião e seus jagunços das primeiras décadas do século vinte ou vastas regiões mineiras abundantes de jagunços sob a proteção de Arthur da Silva Bernardes. Perdeu-se toda e qualquer noção de hierarquia e muito menos respeito às leis e a ordem. Manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Um inferno, uma anarquia, um pandemônio que bota a perder todos os esforços para modernizar o País em benefício de seu povo.
Nominar de excelente um artigo de J.R. Guzzo é pleonasmo. Entretanto, no escrito mencionado ele excede. Escreve sobre a famosa "Constituição Cidadã" do Dr. Ulisses e chega à brutal conclusão: com exceção dos artigos fundamentais, encontradiços em qualquer constituição há mais de dois séculos, a Carta Magna brasileira é um monumento de proteção a sinecuras e privilégios variados.
Escritos para beneficiar grupos de interesse, eivada de
monumentais burrices. Um instrumento que inviabiliza qualquer tentativa de construção de uma democracia moderna e livre de vícios. Um calhamaço, mais emendado do que a frota de carros de Cuba e com artigos a espera de regulamentação desde 1988.
monumentais burrices. Um instrumento que inviabiliza qualquer tentativa de construção de uma democracia moderna e livre de vícios. Um calhamaço, mais emendado do que a frota de carros de Cuba e com artigos a espera de regulamentação desde 1988.
Louvo o artigo, recomendo e volto à pergunta do título: o crime é organizado ou o país é desorganizado? Não tenho elementos para cravar a resposta mas fico tentado a optar pela segunda hipótese. O estado atual de coisas é tão incomum que faz lembrar o Oeste Americano dos filmes de faroeste, a Nova Iorque de meados do século dezoito ou a Chicago de Alfonso Capone.
Tudo a ver com Lampião e seus jagunços das primeiras décadas do século vinte ou vastas regiões mineiras abundantes de jagunços sob a proteção de Arthur da Silva Bernardes. Perdeu-se toda e qualquer noção de hierarquia e muito menos respeito às leis e a ordem. Manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Falta de interdependência entre os poderes e de vigilância sobre aquilo que é feito e é adequado. O Executivo legisla, o Legislativo executa e o Judiciário contesta, legisla e dá as cartas. Todos os três poderes se tornaram agentes políticos e sobre tal chancela, vivem a se azucrinar mutuamente.
Um inferno, uma anarquia, um pandemônio que bota a perder todos os esforços para modernizar o País em benefício de seu povo.
O Rio de Janeiro, cartão postal da Pátria Amada, é o retrato fiel da anarquia vigente.
Concordo em gênero, número e grau com o talentoso jornalista. Em consequência advogo a minha tese: Não temos crime organizado, temos sim, um País totalmente desorganizado.
Urtigão (desde 1943)
Urtigão é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba/MG, em 1943.
Urtigão (desde 1943)
Urtigão é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, nascido em Rio Piracicaba/MG, em 1943.